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O DRAMA DO BOTAFOGO

13 / novembro / 2023

por Elso Venâncio, o repórter Elso

Tiquinho está abalado devido à grave doença do pai

O Campeonato Brasileiro, mesmo sem o mata-mata que tanto empolgava na reta final, tem emoção, grandes jogos, estádios lotados, briga pelo título e por quem foge do rebaixamento.

Perguntei um dia ao mestre Luiz Mendes se foi ele quem criou a expressão “Há coisas que só acontecem com o Botafogo”:

“Eu só popularizei”, respondeu ‘O Comentarista da Palavra Fácil’, completando:

“O jornalista botafoguense Geraldo Romualdo da Silva, do Jornal dos Sports, foi o autor.”

A distância para o segundo colocado, quando era o líder, chegou a 13 pontos! Noventa por cento de chances de título, portanto. Onze vitórias consecutivas no tapetinho. Um retrospecto impecável. Até na derrota para o Flamengo, 2 a 1, o alvinegro não jogou mal. Perdeu um clássico para um adversário que investe forte.

De repente, o empresário John Textor mostrou desequilíbrio ao incorporar o espírito do Eurico Miranda e criticar Deus e o mundo. Detalhe: o americano foi lerdo para afastar o técnico português Bruno Lage, repetindo a ‘paciência de Jó’ do presidente Rodolfo Landim, fã declarado do argentino Jorge Sampaoli.

Contra o Atlético-PR, há indícios de que, antes da partida, o constante apaga-acende dos refletores para a visualização de drones influiu nas quedas de energia que levaram o jogo a ser interrompido e ter seu final adiado para o dia seguinte.

Contudo, na história do Botafogo não há sofrimento maior do que o presenciado contra o Palmeiras. Primeiro tempo de campeão! Torcedores que não se conheciam se abraçavam chorando de alegria. Um casal com a camisa do clube se beijava, sussurrando:

“Seremos campeões!”

Três a zero no intervalo. Poderia ser quatro ou cinco! A bola volta a rolar e Endrick marca. O técnico Lúcio Flávio não se mexe…

Na decisão da Libertadores, contra o Boca Juniors, Fernando Diniz levou o gol e alterou na hora. Tirou os medalhões Marcelo e Ganso. Colocou o jovem John Kennedy.

Tiquinho perde um pênalti, aos 36 minutos, quando o placar iria para 4 a 1. Verdade seja dita, o artilheiro está abalado emocionalmente devido à grave doença do pai. A ponto de sentir lesões e ter forçado um terceiro amarelo para poder esfriar a cabeça.

No jejum de 21 anos sem títulos, o sofrimento dos botafoguenses foi longo, mas não causaram dois infartos como os registrados pelo departamento médico após a inacreditável virada que o Palmeiras impôs em pleno Rio de Janeiro. Nem a decepção com o empate sem gols diante do Juventude, na decisão da Copa do Brasil – última vez que o Maracanã teve mais de 100 mil pagantes – deixou cicatriz tão forte.

Na saída, a multidão caminhava num silêncio nunca visto e que jamais será esquecido pelos presentes. O momento foi tão marcante, com direito a sintomas do Maracanazzo, um dos maiores vexames do futebol brasileiro.

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1 Comentário

  1. Tadeu cunha

    Caro Elso ótimo texto sobre o desastre que se aproxima do Botafogo,no jogo contra o Palmeiras faltou alguma experiência e malícia ao interino LF, talvez T Nunes consiga chegar em 3 ou 4 lugar para ir a libertadores.

    Responder

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