por Luis Filipe Chateaubriand
José Ferreira Neto, o craque Neto, precocemente começou a exibir o seu talento para jogar bola.
Em 1983, aos 16 anos, já era titular do meio de campo do Guarani, de Campinas.
Depois, jogou no Bangu, voltou ao Guarani, jogou no São Paulo, jogou no Palmeiras.
Chegou ao Corínthians, seu clube de coração, em 1989 – não sem antes ter feito um lindo gol de bicicleta contra o Timão, em 1988, jogando pelo Guarani.
Em 1990, jogou muito no primeiro semestre, aspirava – e merecia – uma vaga para jogar a Copa do Mundo da Itália daquele ano.
Sebastião Lazaroni, o técnico da Seleção, não o levou.
Preferiu levar Bismark, muito bom jogador, mas muito novo e inexperiente para o grande certame.
Preferiu levar Tita, excelente jogador, mas que já se encontrava em declínio da carreira, com mais de 30 anos.
Neto ficou a “ver navios”…
E a Seleção naufragou na Copa do Mundo.
Genioso, temperamental, irado, Neto “colocou a faca nos dentes” e resolveu jogar no segundo semestre, pelo Corínthians, mais ainda do que no primeiro, para provar que merecia ter ido à Itália.
Jogou muito.
Jogou demais.
Jogou excepcionalmente!
E, assim, coadjuvado por jogadores como Tupazinho e Viola, levou o Corínthians ao primeiro de seus sete títulos de campeão brasileiro.
A fiel agradece.
E o craque do ano de 1990 está decidido, não se fala mais nisso!
Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!
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