por Zé Roberto Padilha
Logo nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, deu para notar que enquanto Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas tiveram estaduais competitivos, com equipes do interior casa vez mais reforçadas, o estadual carioca, à exceção de Nova Iguaçu e Volta Redonda, pouco contribuiu para a preparação dos seus representantes.
A prova disso é que as grandes revelações dos clubes de menor investimento, que os grandes observam no Estadual e contratam para o Brasileiro, foram Lelê e Carlinhos. Muito pouco em número e qualidade, não?
Vamos continuar batendo na mesma tecla; 92 municípios e 86 representantes filiados abandonados à própria sorte. Se nascer outro gênio das pernas tortas em Pau Grande, distrito de Magé, vai se formar dentista porque lá a bola não rola.
Serrano 1 x 0 Flamengo, gol de Anapolina, que entrou para a história. Dificilmente Petrópolis será palco outra vez dessa efeméride porque a FERJ menospreza o interior.
Laboratórios fechados, matéria prima desperdiçada, talentos que nascem e desaparecem por falta de oportunidades e assim nossos grandes clubes precisam buscar no Uruguai (Flamengo), Colômbia (Fluminense), França (Vasco) e Argentina (Botafogo) o que encontravam no quintal de suas casas.
Lelê e Carlinhos, esforçados atacantes, ainda são muito pouco e explicam porque dois dos nossos clubes já se aproximam da zona de rebaixamento.
Hora de acordar, Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro. E dar uma olhadinha no que todos nós estamos perdendo quando subestimamos as fábricas de talentos que o Interior do estado sempre forneceu.
Caro Padilha excelente artigo sobre a decadência do futebol do interior, arrastando por tabela td o futebol carioca,que outrora fora inspiração para outros centro menos desenvolvidos,mas burocrata gosta é de dinheiro o futebol é o que menos importa.
Época romântica de um campeonato estadual que durava quase 6 meses acabou. Os pequenos vivem de jogadores veteranos ou que não conseguiram se firmar em grandes times. As 2 revelações apresentadas tem 27 e 26 anos e nem titulares conseguiram ser em seus novos clubes.