por Zé Roberto Padilha
Na primeira excursão à Paris, um pedido da minha irmã: Joy, de Jean Patou.. Anos 70, não havia importadoras, muito menos Free Shop. Perfumes e assistir Emanuelle, a primeira a se despir totalmente, só estando na cidade luz.
Já na Opera Chic, a vendedora nos apresentou dois frascos: o maior, Eau de Toillet, 45 francos. Euro também não tinha. E outro frasco, menorzinho, 320 francos, contendo o Parfum.
O frasco grande, ensinava com gestos, era para borrifar sobre o pescoço e os ombros. Já o outro, com a essência dos deuses embutida, objeto único de sedução, bastava uma gota para cada base das orelhas.
Ontem, o Vasco, que não foi às compras, foi a campo, descobriu que o Grêmio escalou dois frascos. O Kaneman, 1,90m que você encontra em qualquer academia de Boxe, e Soteldo, que você só encontra quando seu goleiro, batido, recolhe a bola no fundo das redes
Em meio a chuva e lama, o que ficou de sedução em 90 minutos para os que amam o futebol, em Chapecó, veio da essência, habilidade e categoria de um jogador que tem apenas 1,59m.
Joy, de Jean Patou, Parfum, e Soteldo. De fato, nos menores frascos estão contidas as melhores essências.
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