por Marcos Vinicius Cabral
Quem nunca ouviu uma canção do Barão Vermelho e pelo menos uma vez na vida não dançou Bete Balanço, Maior Abandonado e Pro Dia Nascer Feliz?
Ou não parou para refletir sobre os versos profundos de Por que a Gente é Assim?, Down em Mim e Codinome Beija-Flor?
Pois é! A vida imita a arte.
E os rapazes do Barão, lendária banda surgida nos saudosos anos 1980, formada por Guto Goffi, Maurício Barros, Fernando Magalhães e Rodrigo Suricato (terceiro vocalista após a morte de Cazuza e a saída de Frejat) continuam na estrada botando muita gente para dançar.
No entanto, a longevidade do quarteto – fato raro para qualquer músico que encontrou os amigos da adolescência e começou a tocar com eles por pura diversão – se dá por inúmeros fatores.
Um deles, tive a oportunidade de conhecer nesta quarta-feira, 12 de março, quando a equipe do Museu da Pelada esteve com Guto Goffi, lendário baterista do grupo. O encontro serviu para o quadro ‘No Balanço do Museu’, mais uma criação brilhante do não menos iluminado Sergio Pugliese. A entrevista aconteceu no apartamento do artista, que fica em Botafogo, Zona Sul do Rio.
Guto Goffi mostrou-se gentil, atencioso e humilde. Nem pareceu uma estrela do rock que ostenta no currículo, por exemplo, a façanha em ter tocado no Rock in Rio com os dois vocalistas que já passaram pelo Barão (Cazuza e Frejat) e Suricato, o atual.
Não, definitivamente não!
Ou se envaideceu por ter sido regravado por dois monstros da MPB como Ney Matogrosso (Pro Dia Nascer Feliz) e Caetano Veloso (Todo Amor Que Houver Nessa Vida).
Jamais!
Flávio Augusto Goffi Marquesini não se agarra aos feitos do passado, mas quer olhar para a frente.
“Não costumo olhar para trás, sabe! É olhar para frente. Sempre!”, contou ao falar do Maracatu Brasil, que visa à formação de novos músicos e à divulgação do jongo e o maracatu.

Mas o grande mérito do quarteto que venceu o tempo seja a simplicidade. Digo isto porque Guto Goffi – fundador e baterista do Barão Vermelho – é um cara simples. Os três outros devem ser a mesma coisa.
E como disse Zico certa vez: “Jogar futebol é simples. Mas poucos conseguem fazer o simples no futebol”.
Simples. Assim é a vida!
Por mais artistas como Guto Goffi, esse autêntico rubro-negro que faz arte na inquietação que o move a produzir, produzir e produzir sempre mais.
Agradeço a Deus por estar me proporcionando realizar matérias legais e com grandes nomes das mais variadas áreas.
E deixar registrado aqui o meu agradecimento especial ao grande Guto Goffi – entrevistado há três anos por mim para o jornal A Tribuna.
Valeu, Guto!
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