Escolha uma Página
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

NINGUÉM FICARÁ ETERNO POR ALI

31 / março / 2025

por Zé Roberto Padilha

Nada como empanar o brilho de dois dos mais conceituados treinadores do nosso futebol, Fernando Diniz e Dorival Jr., para desviar o foco de toda a incompetência administrativa da CBF.

Nenhum treinador do mundo conseguiria organizar um sistema tático sem um período, mínimo que fosse, de preparação.

Se os jogadores da Argentina, do Paraguai, Uruguai e da Colômbia, com menos banca e prestígio, conseguem se entender. E jogar coletivamente. A seleção brasileira não passa de um bando tentando se encontrar em campo.

Mesmo os clubes, com todas as suas dificuldades, conseguem pelo menos um mês para reunir o seu elenco. Como nos estaduais, sofrem nas primeiras rodadas, mas logo se recuperam com a qualidade do seu elenco.

Já a Seleção Brasil é reunida na véspera das partidas e os seus treinadores precisam encontrar uma porção mágica. Aquela que consegue, em um só treino, entrosar um ataque em que três são do Real Madrid, treinados por Ancelloti, um é jogador do Guardiola, no City, e fecha com a participação do Rafinha, que é do Barcelona.

Seria como Walter Salles apenas pudesse dirigir nossas Fernandas, e o Shelton Mello, às vésperas das gravações de “Ainda estou aqui!”. Sem direito a repetir as cenas. Como Diniz e Dorival, sem tempo se ensaiar uma só jogada.

Se assim fosse, seu elenco não estaria entrosado daquele jeito. Muito menos, ganharia o Oscar. Estaria em quarto nas eliminatórias para a próxima Copa do Mundo. Acreditem, atrás até do Equador.

Pode, a CBF, continuar a convidar e sacrificar um outro nome. Desse jeito, improvisado é bagunçado, ninguém ficará eterno por ali.

TAGS:

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *