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NEM SEMPRE ZICO ACERTA

18 / março / 2025

por Luis Filipe Chateaubriand

Este signatário é um grande admirador de Arthur Antunes Coimbra, o Zico. Mas não concorda com tudo que ele diz.

Em um evento em Campinas, há poucos dias, o “Galinho” afirmou que o principal problema do futebol brasileiro era o excesso de jogadores estrangeiros atuando no país.

Curioso que, quando foi jogar na Itália para ganhar muito dinheiro, não reclamou.
Curioso que, quando foi jogar no Japão para ganhar muito dinheiro, não reclamou.

Na América do Sul, a economia brasileira é muito forte. Apenas as economias uruguaia e chilena são comparáveis. Assim, é natural que os clubes brasileiros busquem jogadores sul-americanos, pagando preços acessíveis e oferecendo salários competitivos. Trata-se de uma boa relação custo-benefício, indubitavelmente.

Além disso, Zico tem razão ao dizer que os bons jogadores formados na base não são mais aproveitados, mas por outro motivo. Os clubes continuam formando talentos, porém, os melhores são transferidos para o futebol europeu cada vez mais jovens, desfalcando os times brasileiros.

Os “gringos” que jogam aqui não são culpados…

Por fim, o futebol inglês é um exemplo claro de que a grande quantidade de jogadores estrangeiros melhora o nível do jogo local. As seleções inglesas, em diversas categorias, têm elevado seu desempenho.

Zico precisa se convencer de que, entre os inúmeros problemas do nosso futebol, a presença de jogadores estrangeiros não é, nem de longe, o maior.

Problemas sérios são o calendário e a disfuncionalidade da liga, nessa ordem.

O resto é “conversa para boi dormir”.

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