por Luis Filipe Chateaubriand
Nelinho era um lateral direito como poucos. Vigoroso no ataque, fazia cruzamentos fortes e precisos. Mas, especialmente, desferia chutes fortes e precisos contra o gol adversário.
Marcou época jogando pelo Cruzeiro e, depois de curta passagem pelo Grêmio, acabou no grande rival cruzeirense, o Atlético Mineiro. Grande jogador que era, foi ídolo das duas torcidas antagonistas entre si.
Uma passagem memorável do futebol de Nelinho foi o duelo que ocorreu com o goleiro Manga, do Internacional de Porto Alegre, na decisão do Campeonato Brasileiro de 1975, que este signatário só viu por imagens recuperadas.
Mas o escriba teve o privilégio de ver, pela televisão, o gol que Nelinho fez na disputa do terceiro lugar da Copa do Mundo de 1978: tiro desferido com muita força e a meia altura para o gol a partir da intermediária direita, parecia que a bola ia para fora, passando a alguns metros da meta; contudo, durante a trajetória para o gol, a bola faz uma curva inacreditável, mudando de rumo e indo morrer, sorrateira, no fundo das redes do goleiro Zoff. Uma trivela inacreditável, feita pelo mago dos chutes certeiros.
Nelinho será lembrado com o cara que, no futebol, fez dos chutes quase sempre indefensáveis sua marca registrada.
Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!
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