por Marcos Vinicius Cabral
Depois da Copa da Espanha, em 1982, o futebol passou a ser encarado por resultados.
Aquela derrota para a Itália do até então ineficiente Paolo Rossi, não acertou apenas uma geração de grandes jogadores, mas expôs uma fratura difícil de cicatrizar, a partir de então, no futebol brasileiro.
Sendo assim, foi posto de lado o futebol arte, envolvente, de toque de bola e acima de tudo, o futebol que vencia e convencia a qualquer custo.
Se Telê Santana (teimoso à mineira) não fez súditos, aquela seleção não teria como servir de exemplo para as menos favorecidas em material humano.
Aquela derrota, fez um mal à saúde do futebol que até hoje, vive à base de encontrar substitutos para aqueles 11 exuberantes atletas e sangra em nós.
Passados 23 anos do tetracampeonato e 15 do pentacampeonato, os programas dos canais fechados não cansam de comemorar essas datas e a galera – que nem era nascida em 82 – vai na onda compartilhando nas redes sociais.
Com isso, cada vez mais me orgulho e tenho a plena consciência do quanto aquela seleção me fez feliz, apesar do insucesso naquele Mundial.
Sobretudo, para um povo carente de ídolos, ter Romário em 94 e Ronaldo Fenômeno em 2002 como tais não chega a soar estranho e nem nevrálgico.
Então, seleções de Dunga & Cia e Kleberson & Cia, vocês, mesmo tendo beijado aquelas taças, jamais, eu disse jamais, serão e representarão o que Waldir Perez, Leandro, Oscar Luizinho e Júnior; Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico; Serginho e Éder representaram não só para mim mas para o mundo da bola.
Parabéns aos jogadores de 82, verdadeiros campeões!
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