sangue moreno
entrevista: Sergio Pugliese | texto: André Mendonça | fotos e vídeo: Daniel Planel
Todos sabem que um dos grandes objetivos do Museu é ir em busca da poesia perdida do futebol. Percebemos que estamos no caminho certo quando os próprios poetas da bola não só passam a acompanhar nossa página, como comentam e enviam textos para serem publicados no nosso site. Temos muito orgulho em dizer que um dos maiores ídolos do América-RJ, o craque Moreno, é uma dessas feras que “vestem a nossa camisa”.
Veloz e habilidoso, era aquele tipo de jogador que tratava a bola com carinho e carregava torcedores de outros clubes para assistir aquele show à parte no Maracanã.
– A torcida sempre esperava algo diferente da gente! – confessou.
Formado na base do Mecão, Moreno não demorou a se adaptar à equipe profissional e, se fosse nos dias atuais, também não demoraria a receber uma proposta para defender um clube do exterior. Contudo, honrou a camisa vermelha e deu muitos alegrias aos torcedores na década de 80, sendo decisivo nas conquistas da Taça Rio e da Taça dos Campeões, ambas em 1982.
– Era um dos grandes times do futebol brasileiro e foi o clube que me consolidou como um grande jogador. Os jovens de hoje em dia não conhecem a história do América-RJ e não sabem o que o clube representa.
Na época de Moreno, era comum ver, no mínimo, um craque com nível de seleção por clube. A diferença é que o futebol não movimentava tanto dinheiro como hoje e muitos tiveram que se reinventar ao pendurar as chuteiras.
– Tirando os salários, eu não trocaria aquela época por essa atual. Pouco vejo o futebol brasileiro, porque a gente se aborrece! – revelou.
Se o romantismo do nosso futebol respira por aparelhos, só nos resta ouvir as palavras de quem construiu uma história muito rica dentro dos gramados e proporcionou muitas idas ao Maracanã com a garantia de muita diversão.
Valeu, Moreno!
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