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MEIO AMARGO

13 / agosto / 2024

por Wesley Machado

Após uma eliminação na Copa do Brasil no meio de semana, o reencontro com o algoz Juventude no fim de semana era o prenúncio de que o pior poderia acontecer.

A lembrança daquele 0 a 0 no Maracanã, com mais de 100 mil pessoas em 1999, permanece viva na memória que retém traumas como se o sofrimento fosse mais marcante.

Este domingo de Dia dos Pais coincidiu com o aniversário de 60 anos da minha mãe.

A caminho da casa dos meus pais, passei pelo bar da esquina, dei uma espiadinha na televisão e o placar já marcava 1 a 0 para o Juventude.

Chego na sala, meu pai está com minha avó e o Botafogo leva o segundo gol.

No intervalo, meu pai brinca:

– Também, você está com a camisa do Juventude.

rs

Realmente eu vestia verde.

Vou em casa tomar um banho e mudar de roupa por superstição.

Visto preto e branco.

Passo no bar de novo e já está 3 a 0.

Meu pai agora vê o jogo na televisão dos fundos.

O Botafogo diminui para 2 a 3, mas não consegue o empate.

Permitam-me ser o hater do Halter, o zagueiro que falha todo jogo.

Não tem mais condições de vestir a camisa do Botafogo.

Da mesma forma em que às vezes são fabricados heróis efêmeros, é preciso apontar vilões quando eles praticam o mal constantemente.

É por dublês de jogadores como esse que um time perde um título.

A liderança, com um jogo a menos, está mantida.

Mas até quando?

O final de semana até que terminou bem com um bolinho e um doce.

E o final do ano?

Terá final feliz?

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1 Comentário

  1. Arnaldo Garcia

    Terá final triste. Nunca vi tantoa grana gasta para tanta falta de qualidade, excetuando poucos nomes. Na verdade, liderança com um jogo a mais. Por pontos perdidos o Botafogo não é líder.
    A torcida segue, mas o ceticismo também!

    Responder

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