por Wesley Machado
Após uma eliminação na Copa do Brasil no meio de semana, o reencontro com o algoz Juventude no fim de semana era o prenúncio de que o pior poderia acontecer.
A lembrança daquele 0 a 0 no Maracanã, com mais de 100 mil pessoas em 1999, permanece viva na memória que retém traumas como se o sofrimento fosse mais marcante.
Este domingo de Dia dos Pais coincidiu com o aniversário de 60 anos da minha mãe.
A caminho da casa dos meus pais, passei pelo bar da esquina, dei uma espiadinha na televisão e o placar já marcava 1 a 0 para o Juventude.
Chego na sala, meu pai está com minha avó e o Botafogo leva o segundo gol.
No intervalo, meu pai brinca:
– Também, você está com a camisa do Juventude.
rs
Realmente eu vestia verde.
Vou em casa tomar um banho e mudar de roupa por superstição.
Visto preto e branco.
Passo no bar de novo e já está 3 a 0.
Meu pai agora vê o jogo na televisão dos fundos.
O Botafogo diminui para 2 a 3, mas não consegue o empate.
Permitam-me ser o hater do Halter, o zagueiro que falha todo jogo.
Não tem mais condições de vestir a camisa do Botafogo.
Da mesma forma em que às vezes são fabricados heróis efêmeros, é preciso apontar vilões quando eles praticam o mal constantemente.
É por dublês de jogadores como esse que um time perde um título.
A liderança, com um jogo a menos, está mantida.
Mas até quando?
O final de semana até que terminou bem com um bolinho e um doce.
E o final do ano?
Terá final feliz?
Terá final triste. Nunca vi tantoa grana gasta para tanta falta de qualidade, excetuando poucos nomes. Na verdade, liderança com um jogo a mais. Por pontos perdidos o Botafogo não é líder.
A torcida segue, mas o ceticismo também!