por Zé Roberto Padilha
Vamos imaginar que estamos a poucos minutos da primeira convocação, do técnico Fernando Diniz, para a seleção brasileira. No sábado anterior, ele dormiu na concentração tricolor. Tomou café da manhã com o Fábio, que fechou o gol mais tarde contra o Vasco.
Fábio, mesmo sendo um dos melhores e mais regulares goleiros do futebol brasileiro, titular absoluto no Vasco, Cruzeiro e Fluminense, jamais mereceu uma oportunidade. Mas, dessa vez, quem vai convocar a seleção brasileira o conhece de perto. Tem salvo seu emprego a cada partida.
Fernando Diniz não chama o Fábio. E o Fábio não esconde sua frustração de ninguém: “Se ele, que está ao meu lado, não confia em mim, nega essa oportunidade, quem vai me convocar?”
Fábio sente o baque. E cai de produção. Mesmo o Marcelo, que comentou nos bastidores ter alguma esperança, revelou ao G1: “Se o Daniel Alves voltou, porquê eu não posso?”
O tempo vai provar que não dá para conciliar duas paixões. Mesmo porque não dá para amar uma delas sem trair a confiança da outra.
Fernando Diniz vai ter que optar. Pela Matriz ou Filial.
Enquanto isso, melhor escutar Jamelão.
“Quem sou eu
para ter direitos exclusivos sobre elas
se eu não posso suportar os sonhos deles?”
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