por Zé Roberto Padilha
Joguei muitos anos futebol. E muitos lances, premeditados ou não, se repetiam. Faziam parte do repertório das disputas acirradas pela posse da bola. Só não lembro de socos, involuntários ou não, desferidos na cara do adversário.
De repente, Gabigol desfere um cruzado de esquerda. E tira todas as chances de seu time reagir. Se onze contra onze já está difícil com um Sampaoli mentalmente perturbado, que passa intranquilidade ao seu time por não sossegar, imaginem com 10?
Aí vem o Maidana, zagueiro do América-MG, jogando em casa com seu time precisando sair da zona de rebaixamento, e desfere o mais suspeito de todos os socos na cara que precederam uma expulsão.
Sua atitude precisa ser investigada. Nada justifica sua agressão.
Primeiro, estava jogando bem. Seu time mais ainda, parecia que o gol contra o Vasco sairia a qualquer momento. Segundo, não era uma partida pegada. Ambos jogavam e permitiam jogar. Por último, não houve, em lances anteriores, situações que provocassem uma reação intempestiva daquelas.
Ele deu uma entrada faltosa por baixo, que no máximo lhe concederia um cartão amarelo, e de graça, inesperadamente, deu um soco no adversário por cima.
O Vasco não ganhou o jogo porque marcou seu gol aos 45 do segundo tempo. Ganhou porque uma atitude irresponsável de Maidana jogou por terra todo o esforço de sua equipe para escapar da degola.
Algo precisa ser feito. Ou, além das chuteiras, que seja permitido calçar luvas e ir pra campo socar o adversário. E na esteira das agressões, surgem os artistas. Os que fingem que levaram um tapa e o VAR mostra depois que ele é quem deveria tomar uma coça.
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