A PEÇA QUE FALTAVA NO ROLO COMPRESSOR
A atual fase do Flamengo, no topo da tabela do Brasileirão e semifinalista da Libertadores depois de 35 anos, faz os torcedores mais empolgados lembrarem do timaço que conquistou o mundo em 81. Comparações à parte, a equipe do Museu atendeu os pedidos dos parceiros Diogo Maia, Wagner Dantas e Pablo Lima, e foi atrás de Lico, peça fundamental daquela geração de ouro, para um papo divertido em Búzios!
Nascido em Imbituba, município no litoral sul de Santa Catarina, o craque começou sua carreira no América de Joinville em 1970. Depois de fazer sucesso em equipes do Sul, como Grêmio, Figueirense, Avaí e Joinville, despertou o interesse do Rubro-Negro carioca e desembarcou no Rio em 1980, aos 28 anos.
– Quando o jogo estava apertado, complicado, era só dar bola no Lico que ele resolvia! – revelou o zagueiro Mozer em uma resenha recente com a nossa equipe.
Vale ressaltar, no entanto, que o Flamengo já contava com grandes astros e Lico teve que esperar pacientemente pela titularidade. Um dia, ao notar o jogador cabisbaixo, o técnico Paulo César Carpegiani o chamou no canto e pediu para que ele não desistisse porque a oportunidade ia aparecer.
A hora realmente chegou e o craque não deu mole. Em um duelo contra o Campo Grande, entrou quando o Flamengo perdia por 1 a 0 e, com um gol e uma assistência, foi o grande responsável pela virada. A segunda grande oportunidade surgiu contra o Botafogo e entrou para a história: o inesquecível 6×0 no Maracanã.
– Fiz o terceiro gol daquela partida! – orgulha-se a fera.
A partir dali, Lico deslanchou no Rubro-Negro e caiu nas graças da torcida. É bem verdade que o craque chegou com uma idade avançada ao clube, já que naquela época os jogadores se aposentavam mais cedo, e as lesões abreviaram sua trajetória, mas o período em que vestiu a camisa do clube foi o suficiente para se tornar ídolo da Nação.
Para abrilhantar a resenha, a equipe convidou Jorginho Bessa e Nilo Santos, que não escondiam a felicidade por estar diante de um ídolo. O primeiro, inclusive, lembrou da importância de Lico para a equipe:
– Era ele que resolvia a jogada toda! A habilidade dele era coisa de outro planeta! O dia que o Lico jogava mal, o Flamengo não jogava bem!
Apesar de ter vivido a época áurea do futebol brasileiro, com uma grande variedade de craques pelos clubes, Lico conseguiu eleger aquele que mais admirava:
– O Gerson! O domínio, a organização que ele fazia no campo, o jeito de bater na bola…
Durante a resenha, o craque ainda fez questão de comparar os bons tempos com o futebol moderno:
– O futebol era diferente! Antigamente, a gente jogava para fazer gols…
Que saudades do Lico! Assista ao vídeo e confira a resenha completa com o craque!
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