DE BEM COM A VIDA E COM O FUTEBOL
por Eduardo Lamas
Assim como a entrevista com Pintado, em novembro de 2019, a oportunidade de conversar com Jorginho aqui em Florianópolis não podia ser perdida. Afinal, como treinadores que nasceram e têm residência fixa em outro estado (no caso de ambos, em São Paulo), acabam sendo moradores apenas passageiros de muitas e muitas cidades. Valia o mesmo nos tempos de jogador. Neste retorno ao Museu da Pelada, em outubro passado, procurei logo agendar esta entrevista, pois sabia que muitas e muito boas histórias com o sempre bem-humorado Jorginho não faltariam. E a expectativa se confirmou, como vocês podem atestar no vídeo acima.
Ex-ponta-direita surgido na Portuguesa dos anos 80, quando o clube paulista ainda despontava em constante busca de um espaço entre os grandes do futebol brasileiro, Jorginho logo se destacou, fez parte de um ataque de sucesso com Lê e Toninho e conseguiu uma convocação para a seleção brasileira. A carreira vitoriosa que passou ainda por Atlético-MG, Palmeiras, Fluminense, Santos, Coritiba, Avaí, Santo André, entre outros, moldou o treinador, que assim como a Lusa até alguns anos atrás, tenta se inserir no hall dos grandes técnicos brasileiros.
Não é uma batalha fácil, ainda mais em tempos de tanta valorização de treinadores estrangeiros por aqui. Tanto, que quase um mês após esta nossa entrevista, ele deixou o Figueirense, logo após a conquista da Copa Santa Catarina. No entanto, ele certamente não perdeu a sua gana de viver e trabalhar que o ajudaram, por exemplo, a superar o momento mais difícil de sua vida: a morte de seu filho Leonardo, ainda muito jovem, num acidente de moto. Na vida e na bola, Jorginho é um grande exemplo, você há de concordar comigo.
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