por Luis Filipe Chateaubriand
Quem via Jorge Mendonça exibir a sua elegância a jogar futebol, sabia que ali havia um senhor jogador de bola.
Cabeça em pé, não precisava olhar para a bola para conduzi-la – sabia, exatamente, onde a “pelota” estava.
Grande fazedor de gols, também era preciso nos passes para os centroavantes – gente como Toninho Catarinense e o exponencial Careca que o diga.
Jogador genial do Palmeiras e de carreira curta no Vasco da Gama, em Campinas fez história, seja jogando pela Ponte Preta, seja jogando pelo Guarani.
E, máximo da glória, foi titular em boa parte da Copa do Mundo de 1978 da Argentina, “barrando” nada mais nada menos do que… Zico.
Por essas e outras, Jorge Mendonça é um nome eternizado na história do futebol brasileiro!
Jorge Mendonça era natural do pequeno município de Silva Jardim, jogava desde as bases no União F.C, clube da pequena cidade que disputava campeonatos na liga da cidade de Rio Bonito. Inicialmente foi percebido por Eusébio de Andrade, presidente do Bangu F.C, que fazia uma espécie de “cata-cata” com jogadores do interior. Jorginho fez um excelente campeonato carioca pelo Bangu e foi transferido para o Vasco da Gama. Daí a espetacular trajetória no Náutico, nos times paulistas e seleção brasileira. Jorge Mendonça colhido pelo alcoolismo, viu -se doente, sem esposa e filhas e teve os dias finais na volta a terra natal. Morreu pobre e esquecido.
Excepcional jogador de futebol, habilidoso, inteligente, craque, batia falta como poucos, só dá forma como tratava e batia na bola você já via que era craque, um dos melhores que eu vi jogar.
Meu primeiro jogo em um estádio foi Palmeiras e Portuguesa e Jorge Mendonça estava lá. No final dos anos 70 e início dos 80 era o destaque do sofrido Palmeiras.
O mundo parecia que parava quando a bola chegava nele tamanha sua tranquilidade.
Adorava vê-lo em campo com seu toque refinado e imensa facilidade para fazer gols, de todas as maneiras.
Jorge Mendonça foi daqueles jogadores que estão na prateleira dos inesquecíveis.