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IMPEACHMENT PARA INGLÊS VER

12 / maio / 2016

:::: por Paulo Cezar Caju ::::


Foto: Nana Moraes.

Para onde vai o Brasil? Com impeachment ou sem impeachment, qual será esse caminho? Bem, nessa semana, eu troquei o meu querido Rio por Florianópolis. Cansei desse lero-lero de cidade olímpica, com ciclovia desabando, violência explodindo, hospitais abandonados, candidato a prefeito acusado de espancar mulheres, Dornelles ou Picciani podendo assumir o governo e a população esmagada nos ônibus e trens.

Sério, nem sei como será em Santa Catarina, mas tenho grandes amigos e precisava mudar de ares. Queria passar minha aposentadoria no Rio, com a minha mulher, mas não deu. Tchau, Paes!!! Continue aí na tevê, engomadinho, apresentando um Rio que não existe. A verdade verdadeira é que com impeachment ou sem impeachment nada vai mudar. Nós, os brasileiros, precisamos de um impeachment, nós precisamos nos reciclar, descobrir novos pensadores, investir em jovens políticos e numa mentalidade moderna, justa, diferente de tudo o que está aí. Esse impeachment não me engana, é para inglês ver.

Cunha, Temer, Aécio também não me representam. O PT desgastou-se e também precisa se repensar. É importante essa reflexão. Mais do que isso, necessária. Todo esse processo foi triste, melancólico para o Brasil. E quando olho a Marina penso: “de novo?”. É impressionante, mas Garotinho e Moreira ainda estão na área!!!!! Nada muda. Amigos, se liguem, nessa briga não tem certo ou errado. Ou mudamos nossa forma de agir e pensar ou vamos passar o resto de nossas vidas chutando lata, reclamando da vida, tratando da úlcera.

Vamos conversar com nossos filhos e, principalmente, com os nossos netos, incentivá-los a participar da política. Eles são a saída! Não vamos escondê-los em outro país, “exilá-los”, amedrontrá-los cantando musiquinhas “dorme se não o Cunha vem te pegar”.

Devemos encorajá-los a entrar nessa briga, não apenas indo às ruas quando o nosso calo aperta, nem ficar batendo panelinha na janela, mas pensando um novo modelo de política e partindo para a linha de frente. Resumidamente, fazer o que não fizemos.

 

Texto originalmente publicado no Jornal O Globo, em 12 de maio de 2016.

TAGS: Geral | PC Caju

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