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ÍDOLOS DA NAÇÃO

8 / julho / 2024

por Elso Venâncio, o repórter Elso

Zico, Júnior e Leandro são ídolos eternos da Nação Rubro-Negra e amigos de vida. Eles
representam a geração que conquistou inúmeros títulos nacionais, além de torneios
internacionais, culminando com o Mundial, em Tóquio. Júnior não discutia contrato: “Meu
salário é metade do que recebe o Galo”. Leandro entrava na sala do dirigente George Helal e
logo saía, avisando que tinha renovado. Zico cobrava faltas até anoitecer. Nem goleiro tinha
para auxiliá-lo. A barreira móvel ficava em posições alternadas e diante de várias bolas.
Marcelinho Carioca, ainda juvenil, observava as cobranças e apanhava as bolas atrás do gol.

O maior time da história do Flamengo tinha Leandro na lateral-direita e Júnior, na esquerda.
Júnior atuava como segundo homem de meio-campo. Devido à concorrência, foi para a lateral-
direita e, quando Leandro subiu para os profissionais, trocou de lado. Júnior, seria um dos
maiores cobradores de falta do futebol. Não batia porque jogava com Zico. Também há que se
falar de Dida, ídolo do Zico e segundo maior artilheiro da história do clube, com 264 gols em
358 partidas. Só foi superado pelo próprio Zico, com 509 gols marcados em 732 jogos. Júnior,
por sua vez, é quem mais vestiu a camisa rubro-negra, com 876 jogos.

Leandro, quando a situação estava difícil em campo, gritava para o goleiro Raul: “Toca a bola
em mim”. Usava tanto a perna direita como a esquerda, e driblava para os dois lados. Num
Bahia x Flamengo na Fonte Nova, Valter, atuando na zaga, saiu driblando vários adversários, desde a sua área até o meio-campo. A torcida baiana aplaudia de pé, comemorando o futebol-
arte que encantava o mundo. No intervalo, pergunto ao Valber: “Que jogada é essa?”. Resposta
imediata: “Baixou o espírito do Leandro”.

O grande locutor esportivo Jorge Curi, apaixonado pelo Flamengo, tinha adoração por Leandro.
A família atendeu ao desejo do Curi de ser sepultado em sua terra natal, Caxambu/MG, com a
camisa 2 que recebeu do ídolo. Curi gostava de falar sobre Leandro: “Que habilidade! Podia ser
o camisa 10 em qualquer time”.

No início de 2020, uma enquete do jornal “O Globo”, em parceria com o “Extra”, apontou Zico,
Júnior e Leandro como os maiores ídolos da história do Flamengo. Na época da pesquisa,
Gabigol começava a decidir e conquistar títulos memoráveis. Carismático, a cada vitória,
orquestrava do gramado uma grande festa no Maracanã.

Embora hoje desmotivado, em má fase e sem apoio da comissão técnica e da diretoria, Gabigol
é outro nome para figurar na prateleira dos maiores que vestiram a camisa do clube mais
querido do Brasil.

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