Escolha uma Página
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

HERDEIROS

16 / fevereiro / 2018

por Claudio Lovato


Airton e Ênio Rodrigues, nos anos 50 e 60, parceria longa e vitoriosa, fundamental para que uma coleção de taças tivesse como destino o Olímpico.

Ancheta e Oberdan, juntos naquele inesquecível 1977 em que o Tricolor, sob o comando de Telê Santana, abria caminhos para conquistas além-fronteiras.

Baidek e De León, a dupla que ajudou o Grêmio a conquistar a América e o Mundo, em 1983.

Rivarola e Adilson, nos anos 90, os beques sem medo de nada naquele Grêmio que ganhou tudo.

As grandes duplas de zaga são uma parte especialmente marcante da História do Grêmio. Sempre tivemos muito orgulho dos nossos guerreiros da defesa e das duplas que eles formaram.


Em sua maioria, não por acaso, capitães. Líderes. Ídolos. Lendas.     

E então chegou a hora e a vez de Pedro Geromel e Walter Kannemann. E todos nós, gremistas, agradecemos aos deuses do futebol por esse presente.

Geromel e Kannemann, o centurião paulistano, magro como espeto, vindo da Alemanha, e o viking argentino nascido em Concepción del Uruguay que estava no México no aguardo de um chamado do destino emitido de Porto Alegre.

Pedro Geromel é um só? Parece que não, a julgar pelo fato de que está em vários lugares do campo o tempo todo, sempre no lugar certo. É invariavelmente dele o pé salvador. E, volta e meia, vai pra cima, brincar (a sério) de ponta-direita. Zagueiro craque. Bola no pé.

Walter Kanemman tem noção do que seja o perigo? Parece que não, porque jamais coloca menos que 100% de vontade em qualquer disputa de bola, por baixo ou por cima, em partidas eliminatórias ou (sic) jogos amistosos. Futebol simples, essencial, sem temores, às vezes quase suicida. Bola no pé; sim, senhor, ele sabe tratá-la muito bem – à sua maneira.   


São donos da área, têm completa sintonia entre si, exercem e compartilham liderança, são referência para os companheiros e paradigma para a torcida.

Pedro e Walter, o manto Tricolor lhes cai bem. E como vocês sabem honrá-lo!

Vocês estão dando continuidade a uma lendária linhagem de heróis.

Vocês, que se imbuíram do espírito do Grêmio, são dignos herdeiros de uma nobre estirpe.

E isso é para sempre.  

 

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *