por Zé Roberto Padilha
Basta você se colocar no lugar do centroavante do Cruzeiro, Bruno Rodrigues. Artilheiro do time, perde, jogando em casa, o pênalti que reduziria a vantagem tricolor. Porém, é salvo pelas irregularidades cometidas: Fábio se adiantou e jogadores tricolores invadiram a grande área. E o juiz autoriza uma nova cobrança.
Ufa! Ganhei uma nova chance.
Aí você vai ajeitar a bola e seu reserva não lhe permite bater a penalidade. Agressivamente, a retira das suas mãos, sem a menor educação, como a dizer:
“Chega, você já teve a sua chance. Deixe pra quem sabe!”.
A cena, mostrada para todo o país, é um péssimo exemplo para um futebol que acaba de descer aos porões da desonra quando seus atletas profissionais se mostram capazes de vender resultados.
Bruno Rodrigues lutou pela bola, a recuperou e bateu ele mesmo. Para fora. Estava nervoso, não lhe foi dado crédito quando falhou, foi questionado e humilhado por um questionável veterano enquanto se preparava para consertar o erro.
A diretoria do Cruzeiro precisa afastar Henrique de Lata, ex-Dourado. Não há elenco que suporte um atleta com tamanha falta de respeito e companheirismo.
Na saída, aos repórteres, declarou:
“Foi tudo no sentido de ganhar!”.
Eis a questão, tudo diz respeito aos valores que você coloca à frente para vencer.
Pois desse jeito, de cada um por si diante de um esporte coletivo, um cartãozinho amarelo por R$ 40 mil, que nossa classe vai perdendo o respeito e a confiança da sociedade.
Excelente comentário.
Caro Padilha vc disse td,o esgoto está subindo pelo ralo,e jogador com rodagem não faz o papelão do Henrique zinco.
Mais uma cena patética entre jogadores de futebol com os quais já nos acostumamos em simulações e respeitos com os colegas de profissão.
Dessa vez quase vimos um veterano impedir o colega do time cobrar um pênalti depois de se degladiar pela pode da bola como se fosse o único capaz de converter o gol.
Um vexame que o clube tem a obrigação de estabelecer e hierarquia na nessas situações de jogo.