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HAJA GOL

6 / janeiro / 2024

por Fabio Lacerda

Papa Títulos: Vialli notabilizou-se como grande artilheiro e deixou saudades por onde jogou com sua marca de campeão

Pelé abriu a porta do céu para quatro grandes artilheiros do futebol mundial em 2023. E por coincidências do destino ou caprichos dos Deuses do Futebol, o ano de 2023 foi uma sucessão de perda dos feitores daquele momento mais emocionante do futebol. À moda antiga, sob a tática VW, o time comandado pelo Rei do Futebol contaria com Just Fontaine, Bobby Charlton, Roberto e Gianlucca Vialli.

Cheiro de gol: Roberto é um dos três jogadores que conseguiu o feito de ser campeão brasileiro e artilheiro aos 20 anos da mesma edição

Hoje, o astro italiano completa um ano para toda a eternidade. Aquele atacante natural de Cremona que fez história em Genova e Turim, estaria completando 59 anos. Sem falar no contínuo exercício de levantar troféus em Londres.

Vialli foi um centroavante que levava incômodos aos zagueiros adversários. Arisco, rápido e bom finalizador, Vialli atracou em Genova para defender a Sampdoria, clube pelo qual marcou mais gols. O scudetto na temporada 1990/1991 aconteceu seis anos após sua chegada ao estádio Luigi Ferraris. Juntamente de craques estrangeiros, como Toninho Cerezo, que conquistava seu segundo título do Campeonato Italiano, Vialli criou uma sinergia com Roberto Mancini que os tornaram uma dupla dentro de campo, e depois, à beira dele no comando técnico da Itália.

Vialli não sagrou-se campeão da Liga dos Campeões pela Sampdoria, mas a conquista do Velho Continente veio em duas ocasiões. A primeira com a camisa da Vecchia Signora na temporada 1995-1996. Vialli também foi campeão da Eurocopa 2020 no comando técnico da Azzurra com seu fiel escudeiro após a seleção transalpina ficar fora da Copa do Mundo de 2018, situação que estendeu-se até edição seguinte em 2022, no Catar.

Vialli foi a Londres defender o Chelsea na temporada 1996-1997. E sua trajetória de títulos continuou firme e forte na Terra da Rainha. E foi além! Passou a ser jogador e treinador. Vialli jogou duas Copas do Mundo e uma Eurocopa pela seleção.

Dois dias depois de Gianlucca Vialli rumar ao céu, o Brasil despediu-se do maior artilheiro do Campeonato Carioca, Brasileiro e do estádio de São Januário que caminha para seu centenário em 2027. Roberto despediu-se no dia 8 de janeiro, marcado pela confusão ocorrida em Brasília com a invasão dos Poderes da República e aniversário de quem vos escreve. E mais uma vez Zico reverenciou seu eterno amigo com uma homanagem multimídia no Jogo das Estrelas.

No dia do aniversário do Rio de Janeiro, o luto no mundo do futebol foi para o maior artilheiro de uma única edição de Copa do Mundo. O homem que fazia gol “para lá de Marrakesh”, deu seu último pontapé na bola aos 89 anos. O futebol mundial se despedia do africano Just Fontaine que jogou pela França entre 1953 e 1960.

Implacável: Fontaine mantém o recorde há 66 anos de gols em apenas uma edição

Outra ligação totalmente aleatória com o Rio de Janeiro é o ano que ele estreia no futebol pelo Casablanca, Marrocos, que, coincidentemente, remete à Copa do Mundo de 1950 – Maracanã, na capital fluminense, foi construído para o evento mundial que iria para sua terceira edição após a suspensão de duas edições em virtude da II Guerra Mundial.

Após o destaque na África do Norte, o Nice, da cidade homônima que é a segunda mais visitada na França nos dias atuais, levou o craque que, antes de transferir-se ao Reims, foi campeão da Copa da França (1954). Se no Reims teve a infelicidade de perder duas finais de Liga dos Campeões para o Real Madrid, por outro lado, teve a alegria de voltar a jogar com dois companheiros de seleção que estiveram com Fontaine na Suécia: Roger Piantoni e Raymond Kopa, que havia conquistado o título merengue sobre o Reims antes de sair do Santiago Bernabéu.

Dentre as curiosidades deste feitor de gols é que não foi à Copa do Mundo de 1954, na Suíça, e só foi convocado para a Copa do Mundo da Suécia devido à contusão do atacante titular, Cisowski. Situações que acontecem no futebol e parecem ser um conto de fadas para alguns, e pesadelos para outros. Desde a Copa de 1958, a marca atingida por Just Fontaine, de fazer 13 gols numa única competição, na qual sua seleção não foi à final, é um feito que parece ser impossível ultrapassar.

Por fim, Sir Bobby Charlton, que após 13 meses da partida da Rainha Elizabeth, em 2022, deixou os súditos ingleses sem pai nem mãe. A lenda do “Teatro dos Sonhos”, e do English Team dava adeus dez dias antes de completar 86 anos.

Imortal: Bobby Charlton, sobreviveu a queda do avião do United e fez parte de toda a revolução do clube

Uma carreira dedicada aos Red Devils. Sua ligação com o Manchester United começou em 1953 e vai durar por toda a vida. Encerrou sua trajetória no Old Trafford em 1974 como jogador. Foi convocado para quatro Copas do Mundo (1958, 1962, 1966 e 1970) marcando gols somente em 1962 contra a Argentina, e em 1966, quando a Inglaterra conquistou a Copa do Mundo num final para lá de polêmica contra a Alemanha. Bobby Charlton foi crucial na partida contra Portugal que havia eliminado o Brasil. O lendário jogador marcou os dois gols da vitória por 2 a 1 contra a seleção comandada por Eusébio, Coluna, Simões, Vicente & Cia.

E o futebol pregou peças ao artilheiro inglês assim como aconteceu com os demais personagens. Em 1970, a Inglaterra vencia a Alemanha Ocidental por 2 a 0. A decisão do técnico inglês, Alf Ramsey, de substituir o astro, culminou com a virada alemã que comeu o prato frio da vingança eliminando os “Algozes de Wembley”.

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