por Marcos Eduardo Neves
Neste dramático 8 de janeiro, quando o Brasil chora a perda de Roberto Dinamite, um dos maiores jogadores da História do futebol nacional, revelo em primeira mão um trecho que sairá no meu livro “O EFEITO ZICO”, que lanço ainda este ano.
Afinal, Zico e Roberto sempre foram grandes amigos. E continuarão sendo, porque amizade verdadeira é como o sentimento de um cruz-maltino: não morre jamais.
Eis o trecho:
“Essa coisa de rivalidade, sempre achei que deveria ficar apenas nas torcidas. Por exemplo, sempre me dei bem com o Roberto Dinamite. Não havia intriga, a gente só ‘rivalizava’ para promover nossos jogos. Deve ser por isso que sou respeitado até mesmo pela torcida do Vasco. Nunca zombei dela, sempre corri em direção à minha torcida para comemorar meus gols ou nossos triunfos.
Não à toa, quando o Roberto se despediu do futebol, diante do La Coruña do Bebeto, em 23 de março de 1993, vesti sem problemas a camisa cruz-maltina no Maracanã. Ainda distribuí centenas de autógrafos quando treinamos um dia antes, em São Januário. Foi estranho? Sim, foi. Mas fiz pelo Roberto, de quem sempre fui amigo. Antes e depois de pararmos de jogar.”
É isso. Descanse agora, Roberto. Um dia vocês vão se rever. Qualquer dia nos revemos também.
Força, Vasco!
E neste jogo de despedida de Roberto, Zico vestiu a camisa 9, para o amigo Dinamite vestir a 10. Valeu, MEN! Belo texto!
Não se fazem mais ídolos como antigamente. Flamenguista q sou, sempre admirei o Roberto e fiquei revoltado com o Telê Santana não ter colocado ele como o centroavante na Copa de 1982.