por Paulo-Roberto Andel
Em 2010, eu tive a minha primeira chance na grande mídia, sendo entrevistado pelo Gilson Ricardo sobre o meu primeiro livro na Rádio Globo, graças à ajuda de minha amiga Lau. Aquilo mudou a minha vida: três meses depois, eu já era cronista, debatedor e apresentador do Fluminense & Etc, o site que todos os outros – inclusive o PANORAMA – copiaram como modelo. E o resto, quem me acompanha já sabe.
Porém, muitos anos antes, o Gilsão já estava na minha vida. Afinal, eu cresci o ouvindo como repórter esportivo de primeira grandeza. Sua irreverência na cobertura dos jogos era marcante, especialmente nos anos 1990 (“Queeeee zoeiraaaaaaaa!”, “Para com issooooo”). Ouvi-lo na rádio era obrigação. Um monstro.
Anos depois, tive a oportunidade de dividir a bancada com o Gilsão no SBT, no programa de esportes do Garotinho. Foram dias muito divertidos e de grande aprendizado. Debater com esses caras ao vivo era como jogar com Roberto Dinamite, Edinho e Andrade. Ah, e ele ainda deu um depoimento para um livro meu, o segundo sobre o antológico gol de barriga. Gilsão, rubro-negro, estava atrás do gol no lance capital e contou com toda esportividade.
Noite de domingo já tem um certo jeito de melancolia. Pensar nos grandes personagens da minha juventude que, aos poucos, estão indo embora, é se sentir cada vez mais sozinho na multidão. A estrada segue, alguns vão desembarcando do ônibus, eu fico olhando os bancos vazios e vou me sentindo mais sozinho. Mas o rádio continua ligado, enquanto as vozes eternas me falam muita coisa. O rádio não para. As tiradas e os risos são muito maiores do que a tristeza.
Gilsão, onde quer que esteja, considere-se abraçado. Obrigado por tudo.
@pauloandel
Eu sou motorista de aplicativo, todos os domingos eu escuto o bola em jogo nesse domingo dia 29-01-23, o primeiro domingo sem o Gilson Ricardo foi muito triste,
Os domingos não vão ser mais os mesmos
Eu não conhecia o Gilson Ricardo pessoalmente ,mas fiquei muito emocionado nesse domingo
Meus sentimentos para os familiares , amigos e ouvintes do bola em jogo
Acompanhei muito o Gilson na Globo e depois também na Tupi , sempre o mesmo ser humano , aquela pessoa cheia de humor , eu como nordestino tenho um pouco de humor em tudo que faço , Gilson , vc será sempre lembrado, assim como o Luiz Mendes , o Jorge Cury, o Waldir Amaral e muitos outros que infelizmente nos deixaram , que Deus lhe tenha .