ARTILHEIRO DAS MASSAS
entrevista e texto: Marcelo Soares | fotos: José Manoel Idalgo/Dep. Cultural S.C.C.P.
O encontro estava marcado. Acompanhado do filho, Geraldão iria conversar com o Museu da Pelada no Parque São Jorge, local onde treinou por anos. Com a camisa do Corinthians de 77, emocionou os torcedores que estavam presentes no memorial do clube.
Solícito, calmo e divertido, atendeu a todos os pedidos com a mesma eficiência que tinha para completar os passes dentro de campo. Artilheiro do clube campeão paulista de 1977, com 23 gols, contou sobre a sua infância como boia-fria no interior de São Paulo, sua trajetória, e o momento em que percebeu que realmente, era um dos ídolos do Sport Club Corinthians Paulista.
Manteiga, como era apelidado, viu de perto o nascimento de Sócrates para o futebol, no Botafogo de Ribeirão Preto. Mais tarde, reeditou a dupla com o Doutor e revelou histórias entre os dois na equipe alvinegra.
Geraldão não faria feliz apenas os paulistas apaixonados por futebol. No Rio Grande do Sul, foi amado e odiado. Brilhou pelos dois lados do clássico Grenal, mas foi no Inter que se sagrou campeão estadual e marcou cinco gols nas finais contra o Grêmio, seu ex-clube. De quebra, ainda falou abertamente sobre a posição de alguns diretores gaúchos em certo momento da carreira.
Exaltou tudo o que viveu no futebol, as dificuldades e os caminhos tortuosos por onde passou, questionou a falta de compromisso dos jogadores atuais com os times e, relembrou a jogada do gol do Corinthians contra a Ponte Preta, que tirou o time da fila.
Confira agora no Museu da Pelada, a história de quem sonhou e realizou o desejo de jogar pelo time do coração.
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