por Marcelo Carrara
Em tempos de estádios vazios e futebol cada vez mais pobre, encontrei uma relíquia que me fez viajar no tempo, trazendo lembranças que ainda estão muito vivas na minha memória. Tenho muitas recordações do Maracanã, cada uma mais hilária que a outra. Imagina um mineiro com 15 anos, recém chegado no Rio e frequentando a geral do Maraca? Na foto, é possível me ver na geral no clássico Vasco x Flu, em 1982.
Tenho inúmeras histórias engraçadas para contar, não sei se consigo passar para o papel, mas posso tentar. Uma das mais engraçadas vou contar agora. Logo quando fui morar no Rio, em 1980, ficava encantado em ver pela TV aquela festa de papel picado e papel higiênico nas arquibancadas. Pedi minha mãe para fazer uma bandeira, levei uma antena de carro para estendê-la, comprei papel higiênico, fiz muito papel picado, coloquei tudo dentro de uma bolsa de viagem da SOLETUR e fui feliz da vida para o Maracanã ver o meu primeiro Vasco x Flamengo.
Por um erro de logística, logo depois de subir a rampa da UERJ, ao invés de quebrar a direita, fui para esquerda. Percebi que do meu lado só tinha flamenguista, e eu com a bandeira do Vasco dentro da bolsa. Ao perceber meu erro, discretamente fui voltando em direção à torcida do Vasco, mas passei um aperto do cão! Parecia que na minha cara estava escrito que eu era Vasco da Gama e seria linchado no anel do Maracanã. Por sorte nada aconteceu e pude fazer a festa no estádio!
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