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FUTEBOL É ESPETÁCULO

24 / maio / 2021

:::::::: por Paulo Cézar Caju ::::::::


Não é segredo para ninguém que tenho minhas convicções e por isso fiquei muito feliz quando vi o lateral Daniel Alves, durante uma transmissão ao vivo, dedicar o título paulista a Fernando Diniz. A verdade é que a escolha do técnico argentino Hernán Crespo foi acertadíssima porque ele é adepto da escola de Marcelo Gallardo, que, assim como Diniz, investe em times vistosos, ousados e com bom toque de bola. Ou seja, Crespo pegou um grupo pronto, disposto a vencer e teve o trabalho facilitado. Torço muito por ele, assim como continuo torcendo para que Diniz siga montando times agradáveis de se ver. Os títulos serão consequência.

Quando critiquei as atuações do Palmeiras mesmo após a conquista da Libertadores é porque vencer sem convencer não me agrada. Ou será que os vascaínos comemoraram a vitória sobre o Botafogo? Nem Rogério Ceni está em condições de comemorar porque o rubro-negro não tem sido convincente como na época de Jorge Jesus. Totalmente o oposto de Guardiola que vem mantendo uma maravilhosa performance há anos, sempre apostando na filosofia de jogo, que também é a minha, a de que é possível conciliar força física, alta produtividade com arte e suingue. Futebol é um espetáculo, como uma orquestra, um balé, um desfile carnavalesco.

Mas outro dia vi um tetracampeão do mundo, que hoje é comentarista, afirmar que o importante é vencer mesmo jogando feio. Discordo com todas as minhas forças e justamente por conta desse pensamento pequeno é que nosso futebol perdeu a essência, sua forma de jogar, e está entupido de retranqueiros. Daniel Alves, ao vivo, disse que Fernando Diniz “é foda”. E é mesmo! É um incompreendido, mas deixa sua marca por onde passa. Por isso, o torcedor deve reconhecer isso.

Na Copa de 70, João Saldanha deveria ter sido reconhecido com mais veemência por sua participação naquele título. Reconhecer é um ato de nobreza. Daniel Alves atuou por vários anos na Europa, ganhou uma série de títulos e sua opinião tem peso. Mas assim como o tetra-comentarista, que diz que para vencer vale praticar um futebol covarde, muitos não reconhecem o valor da seleção e ouro, de 82, desdenham de quem nunca venceu uma Copa do Mundo e vão espinafrar Guardiola caso não vença a Liga.

Listo uma serie de pernas de pau que não mereciam ter uma Copa e dou mil vivas a Zico e os comandados de Telê Santana! Salve, Falcão! Salve, Leandro! Salve, Leandro! Salve, Oscar! Salve, Sócrates! Salve, Júnior! Salve, Éder! Salve, Cerezo! Salve, Luizinho! Salve, Paulo Isidoro! Salvem o nosso verdadeiro futebol!

Para contrariar os comentaristas atuais, trago uma tradução simples dos termos utilizados: primeira linha é, na verdade, a defesa, composta pelos laterais, beque central e quarto zagueiro; a segunda linha é o famoso meio-campo, formado pelo centro-média, meia-direita e meia-esquerda; por fim, o ataque virou a terceira linha, que reúne os pontas e o centroavante! Precisa complicar tanto?

TAGS: PC Caju

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