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FLUMINENSE TIPO COLÔMBIA

27 / novembro / 2023

por Fabio Lacerda

Desde a chegada dos anos 2000, Tricolor das Laranjeiras conta com cinco jogadores do país andino

Café, carvão, ouro, minérios, cana de açúcar, banana, flores (segundo maior exportador do mundo), esmeraldas (maior fonte mundial) e jogadores de futebol. Estes são grandes produtos colombianos que ajudam na Economia do segundo país mais populoso da América do Sul.

Foi nas Eliminatórias da Copa do Mundo da Itália, em 1989, que a Colômbia passou a apresentar jogadores em níveis elevados ao patamar mais alto do futebol mundial. Naquele time comandado por Francisco Maturana, os craques Higuita, Alvarez, o saudoso Fred Rincón, Carlos Valderrama e Perea, caíram diante de Camarões, porém, fizeram uma partida histórica contra a Alemanha que levou o título mundial – 1 a 1 na fase de grupos.

Passados três anos após a eliminação na Copa do Mundo da Itália para Camarões, os “Cafeteros” voltam com tudo em 1993. Novamente, sob o comando de Maturana, o técnico incorporou naquela base que foi à Itália, os atacantes Aristizábal e Faustino Asprilla que assombrou o futebol sul-americano após uma atuação de gala no Monumental de Nuñez na maior goleada sofrida pela Argentina, em casa, computando partidas válidas pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo.

Asprilla, que fez 54 anos no dia 10 de novembro, foi o primeiro colombiano a atuar pelo Fluminense. Sua passagem aconteceu entre 2000 e 2001. O entusiamo pela chegada do badalado atacante foi antagônico ao seu desempenho. Saiu pelas portas dos fundos das Laranjeiras sem deixar o mínimo de saudades chegando às oitavas-de-finais da Copa João Havelange um ano após a conquista da série C.

Em seguida, no mesmo ano de saída de Faustino Asprilla, chega à rua Álvaro Chaves, o volante Viveros, vindo do Cruzeiro. Jogou um ano e também não deixou saudades na torcida tricolor. Até então, as experiências com jogadores colombianos não resultaram em boas negociações.

Nem por isso, o Fluminense vedou seus olhos para jogadores do país vizinho. Passadas as duas decepções, nove anos depois, o Fluminense volta a ter olhos para jogador colombiano. Assim como Asprilla e Viveros, que foram emprestados por times brasileiros, Valência também chegou de outro time brasileiro após quatro temporadas no Athletico-PR. E o volante chegou para mudar a história de insucesso de seus conterrâneos.

A pedido de Muricy Ramalho, Edwin Valência chegou ao time das “três cores que traduzem tradição” para ser a proteção máxima do sistema defensivo de um time que sagrou-se duas vezes campeão do Campeonato Brasileiro (2010 e 2012) e campeão Carioca (2012). Pode-se dizer que foi o “cão de guarda” de um time que colocou ponto final no jejum de 26 anos sem o título máximo do futebol nacional e ajudou a ser a defesa menos vazada de 2010.

No elenco atual, dois colombianos entraram para a história do clube ao conquistar a Copa Libertadores da América: Yoni Gonzalez, na sua segunda passagem pelo Fluminense, e o craque John Arías, que pode ser citado como um dos maiores cases de sucesso de marketing esportivo dos últimos tempos no Brasil.

Se Yoni Gonzalez não conseguiu comemorar seu primeiro título internacional e continental com o Fluminense, em 2018, quando a LDU, atual campeã da Copa Sul-Americana e que vai cruzar o bigode com o Fluminense pelo título da Recopa Sul-Americana no início da próxima temporada, foi campeã novamente sobre o Fluminense, este ano o desfecho foi bem diferente. Chegou em julho e foi conduzido à glória eterna. A frustração de 2018 com a perda do título da Sul-Americana deu lugar ao delírio no Maracanã quando o colombiano árbitro Wilmar Roldan soprou o apito pela última vez contra o Boca Juniors.

E o que falar de John Arías? O Fluminense encontrou este ouro ou esmeralda, como queiram, jogando pelo Independiente Santa Fé emprestado pelo Patriotas. Surge um craque que o Fluminense desembolsou US$600 mil. Quanto vale a peça fundamental do meio-de-campo tricolor após tornar-se bicampeão Carioca e campeão da Libertadores da América? Não resta dúvida que John Arías notabilizou-se como um dos maiores jogadores sul-americanos e um dos melhores da Libertadores, além do maior sucesso de marketing esportivo, pois uma negociação para o exterior, o Fluminense pode ter uma rentabilidade superior a 1000% em relação ao investimento feito ao time do Patriotas da cidade de Boyacá.

A honraria individual de melhor jogador da Copa Libertadores só não foi possível pela performance gananciosa de gols de German Cano, um centroavante nato, com faro de gol e extinto selvagem de um argentino que brilhou no futebol colombiano com enxurradas de gols antes de vir jogar no Brasil e cair de uma vez por todas nos braços dos tricolores campeões da América.

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