por Elso Venâncio
O gaúcho Flávio Minuano era uma verdadeira máquina de fazer gols. Somente depois que Pelé marcou o seu milésimo gol, contra o Vasco, em 1969, no Maracanã, é que alguns dos nossos maiores goleadores começaram a se preocupar com a contagem de seus gols. Teve artilheiro forçando a barra para chegar lá…
Flávio, no entanto, afirma:
– Fiz mais de mil gols. Só Pelé me supera.
Titular do Internacional desde os 17 anos, o centroavante não demorou a ser contratado pelo Corinthians. Isso, em 1964. Um ano antes, com apenas 18 anos, já vestia a camisa da seleção brasileira.
No Campeonato Paulista de 1967, um feito histórico. Pelo Corinthians, Flávio ultrapassou Pelé e, com 21 gols marcados, tornou-se o artilheiro máximo da competição. Fez ainda um dos gols que quebraram o incrível jejum de 11 anos que o “Timão” não derrotava o Santos.
Pausa agora para falar de Fla-Flu, o grande clássico do nosso futebol. Eurico Miranda certa vez me disse:
– Esses irmãos Rodrigues inventaram essa mística… Mas bato no peito que o principal clássico é Flamengo X Vasco.
Independentemente do que pensava o ex-dirigente cruz-maltino, vou listar aqui três inesquecíveis Fla-Flus, sendo que em um deles o destaque foi justamente o nosso personagem da semana.
O primeiro remete ao ano de 1963. Com mais de 200 mil presentes no Maracanã, 0 a 0 teimoso, com direito a bola, no final da partida, nas mãos do goleiro Marcial, numa conclusão errada do atacante Escurinho. Flamengo campeão!
Em 1969 o Fluminense venceu por 3 a 2 em uma tarde iluminada de Flávio. Por duas vezes o placar esteve empatado, mas o artilheiro marcou o gol do título.
Em 1995, Romário repatriado pelo Flamengo com status de melhor jogador do mundo, o time da Gávea perdeu o Carioca, em pleno centenário, para o tricolor liderado por Renato Gaúcho, que de barriga fechou a vitória marcante por 3 a 2.
Ídolo, goleador, Flávio conquistava títulos por onde passava: Internacional, Corinthians, Fluminense, Porto… Porém, havia aqui uma fartura de craques. A forte concorrência fez com que Flávio não disputasse sequer uma Copa do Mundo. Convocado para os treinamentos da seleção em 1966, acabou cortado por Vicente Feola antes do embarque para a Inglaterra.
O jogador recebeu o apelido de Minuano graças à frieza na grande área, ou seja, lembrava o gelado vento minuano, tradicional na região Sul do Brasil. Aos 78 anos, o ídolo mora em Tiradentes, interior de São Paulo, onde trabalha dando aulas de futebol para a garotada em um projeto organizado por Badeco, ex-jogador do América e da Portuguesa e que hoje é delegado da Polícia Federal.
Grande Flávio um mega goleador,na safra anterior ao INTER de Falcão,Batista,Escurinho,Claudiomiro, Valdomiro e tantos outros,Flávio,Braulio,Scala,Pontes,Sadi fizeram a ALEGRIA DE MUITOS COLORADOS.
Ele foi campeão brasileiro e goleador em 1975 pelo Inter.
Dois detalhes deste jogo, em que o Flu venceu o meu Palmeiras por 3×0, não me saem da memória: a torcida do Fluminense tocando Maracangalha, de Dorival Caymmi e o curativo no joelho direito do Cafuringa.
Flávio voltou de Portugal em 1975 onde jogava no Porto. Na estréia no Gre-Nal final fez o gol do heptacampeonato e ainda no mesmo ano foi o artilheiro do Brasileirão 75.
Essa foto da reportagem mostra o Fluminense em um jogo, no Morumbi, contra o Palmeiras, em 1970, 3×0 para o Flu, três gols de Flávio. Eu estava no Morumbi, neste dia. Me encantei com o uniforme do Fluminense. O meu Palmeiras perdeu mas, vi os tricampeões que tanto queria ver: Félix, Marco Antônio.
Reconhecimento que deve ser destacado! Sempre fui fã do Flávio, quando jogava pelo Fluminense, a bola nas redes era comum.
Tive o prazer de ser comandado pelo Flávio no Ser Caxias do Sul.
Me deu muita alegria com a camisa do FLUMINENSE
Em 1979 fui até Pelotas no estádio do Brasil, para assistir o Flávio jogar de centroavante pelo Pelotas contra o Inter! A boca do lobo estava em obra!
Flávio Minuano , meu ídolo no Corinthians . Assisti no Pacaembú sua estréia em 1964 . Foi ainda artilheiro do campeonato gaúcho , pelo Pelotas , em 1977 . Sinônimo de gol por onde jogou . Para tirar o chapéu .
Dois detalhes deste jogo, em que o Flu venceu o meu Palmeiras por 3×0, não me saem da memória: a torcida do Fluminense tocando Maracangalha, de Dorival Caymmi e o curativo no joelho direito do Cafuringa.