por Leandro Ginane
A liderança do Flamengo no Campeonato Brasileiro não é surpresa. Mas não deve ser analisada sob a ótica das táticas, gestão e contratações que foram feitas para o campeonato. A grande diferença deste Flamengo para aquele dos anos anteriores é a presença da sua torcida nos estádios.
Os trens estão novamente lotados. Na entrada do Estádio, é oferecido o melhor amendoim da Mangueira. Crianças na carcunda dos pais exibem seus sorrisos.
Com ingressos a R$15,00, a Nação Rubro-Negra, como é carinhosamente chamada, esta voltando ao Maior do Mundo e é presença constante nos jogos do time este ano. Mesmo sem a bateria e as bandeiras de outrora, o Estádio cheio dá um tom diferente a cada jogo e traz um clima de final para os confrontos. Não é a toa que o Flamengo lidera o Campeonato Brasileiro, não só na tabela de classificação, mas também nas bilheterias.
A saída prematura do craque do time com apenas dezoito anos, não diminuiu a empolgação do torcedor e com sua tradicional característica bem humorada, jogo a jogo entoa o grito “Segue o líder”.
Se o líder do campeonato continuar sendo o líder do povo, esse time do Flamengo recheado de jogadores da base, tem grandes chances de se sagrar campeão. Essa mistura entre time e torcida sempre fez parte do futebol brasileiro, em especial do time mais popular do Brasil. A volta do povo ao estádio, com preços baixos e a manutenção de jovens promessas da base devem ser as prioridades dos times brasileiros.
Ontem ao final do jogo, um fato marcante: a música que se ouvia dentro do Maracanã era “Festa na favela”, fato raro nos dias de hoje. Esse reencontro deve permanecer até o fim do campeonato, não só com o Flamengo, mas com todos os times do Brasil.
O futebol respira.
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