por Luis Filipe Chateaubriand
Em Setembro de 2013, o Eduardo Conde Tega, CEO da Universidade do Futebol e meu amigo, me liga e me passa a boa nova:
– Chateau, está surgindo um movimento no futebol brasileiro, liderado pelos jogadores, que vai marcar história! Eles querem tua ajuda para elaborar uma proposta de modelo para o calendário do futebol brasileiro. Você topa?
Eu topei, imediatamente.
A partir daí, comecei a interagir com Paulo André Benini, o bom zagueiro Paulo André, do Corinthians, que era o líder do grupo de jogadores.
Foram telefonemas e e-mails em série, ao longo de quase três meses seguintes. Paulo André e eu, primordialmente, e outros colaboradores, complementarmente, nos dedicamos a uma tarefa sagrada: escrever a proposta do movimento, depois nomeado Bom Senso Futebol Clube, para o calendário de nosso futebol.
Ao conviver com Paulo André, conheci uma pessoa completamente diferente do estereótipo que se faz do jogador de futebol: inteligente, culto, determinado, sabia exatamente o que queria acerca de nosso futebol e de nossa proposta, fazendo valer o que pensava.
No entanto, isto estava bem longe de significar autoritarismo, pois era bastante flexível no pensar e aberto a opiniões.
Habilidade rara, a de aceitar contribuições, sem “abrir mão” do que está convicto ser o melhor.
E, ao longo da convivência, fui descobrindo outras facetas dele: generosidade ímpar em relação aos colegas de trabalho, determinação para construir consensos, capacidade de refletir além da acomodação, vontade de alterar paradigmas ultrapassados, predisposição de dialogar com todos os segmentos.
Paulo André Benini acaba de “pendurar as chuteiras”, tornando-se diretor de futebol do Athletico Paranaense. Tenho certeza de que será um ótimo dirigente, distinto das muitas nulidades que se tem por aí.
Boa sorte, bom amigo!
Luis Filipe Chateaubriand acompanha o futebol há 40 anos e é autor da obra “O Calendário dos 256 Principais Clubes do Futebol Brasileiro”.
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