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ESSE AMOR, INCONTIDO, É O QUE SEGURA UMA CRUZ DE MALTA!

22 / abril / 2025

por Zé Roberto Padilha

A época é propicia para falar em carregar a cruz. Seja levando de volta ao pai os pecados daqueles que veio para salvar, seja para manter seu clube no lugar que muito pouco tem feito em campo por merecer ficar.

O Flamengo, de Bandeira, saiu na frente. E ganhou o mundo. Fluminense o seguiu, e o Botafogo também em busca de uma reestruturação… Mas e o Vasco?

Nos últimos anos, tem mais lutado para não cair do que merecer subir. Não ganha um título há quase dez anos.

E vendo seu desempenho contra o Flamengo, de pouca posse de bola, raros contra-ataques e com um veredito definitivo preocupante ao seu final diante da superioridade adversária: seu goleiro foi considerado o melhor em campo. Preciso dizer mais nada.

Há anos, desde os Juninhos, Paulistas e Pernambucanos, Felipe, recuando até Geovani, se me permitem, Zanata, o Vasco não tem um craque a comandar seu meio campo. A defesa se safa, o Vegetti se vira em um cruzamento e o Léo Jardim ameniza as consequências de um setor que não consegue trocar passes. Prender a bola. Criar situações reais de gol.

Meio-campo é pra isso. O lugar de raciocínio, não de livramento da posse e guarda da bola.

O que tem segurado o Vasco, nos últimos anos, tem sido o tamanho do amor dedicado por sua torcida. Ele é emocionante, incontido, a mesma paixão bonita e romantizada dos torcedores do América. Só que os filhos dos americanos, por falta de títulos, foram virando tricolores.

Com a falta de passeatas pelos títulos, se tornaram rubro-negros. Um pouco deles, Botafogo, por causa de uma tia. A Vera. E esse fenômeno, da não renovação, pode estar acontecendo. Até o dia em que as arquibancadas levantarem uma bandeira que só existe no mundo do samba: A Velha Guarda do Vasco.

Pelo futebol carioca, e brasileiro, por nossa história e por Roberto Dinamite, não gostaria de ver o Vasco descer a mesma colina que o time do meu pai desceu em Campos Sales. E desapareceu por divisões menores deixando uma saudade danada da gente.

Mas se continuar jogando assim, por uma bola, diante do tamanho da sua história…

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