por Zé Roberto Padilha
Coube ao Guilherme, que cresceu no Purys e passou pelas mãos de todos os nossos treinadores, hoje no Goiás, a nobre tarefa de defender o prestígio dos trirrienses que fizeram história em nosso futebol.
E contra o Santos, ao vivo pelo Sportv, no domingo passado pela manhã, ele se superava: marcou 2 gols e deu uma assistência no 3×3 fora de casa.
Tudo encaminhava para ser o craque da rodada quando o árbitro da partida deu ao Santos um pênalti inexistente de presente. Com 4×3, foi jogado para o segundo plano o feito heroico do nosso menino.
Árbitro caseiro. Parece que nunca vai acabar a saga daquele cidadão medroso que quer sair do estádio em segurança. E garante seu salvo conduto marcando uma penalidade máxima para os donos da casa.
Simples assim. Certa vez, percebemos sua origem. O América FC-TR foi jogar contra o Miguel Couto, pela segunda divisão estadual, na Baixada Fluminense. Os árbitros eram recém-formados e nos deram esperanças. Em vão.
Com 10 minutos, marcou um pênalti contra nós que não existiu. E no jogo da volta, devolveu a “gentileza” nos concedendo outro que não foi. Acabando o jogo, fomos ao vestiário conversar com eles. Em busca de explicações para tantas aberrações. Tão novos, por que repetiriam os erros das velhas raposas do apito?
O trio de arbitragem nos levou pra fora do vestiário e apontou a segurança no Estádio Odair Gama. Tinham apenas 4 guardas municipais. A PM, embora convocada, não apareceu. E eles disseram: “Temos que optar entre sair com segurança ou levando pedrada no carro. O que fariam em nosso lugar?”
Com o tempo, as competições têm reforçado a segurança. E ainda tem o VAR. Mesmo assim, quando a bola foi alçada para a área do Goiás, finalzinho da partida, o tal trauma de infância falou mais alto.
Uma simples disputa ombro a ombro levou o atacante do Santos ao chão. O racicionio é rapido para o árbitro perceber onde estava. Na Vila Belmiro? Põe na marca da cal.
E lá se foi o domingo em que nosso Guilherme, merecidamente, dominaria o noticiário esportivo nacional.
Até quando?
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