por Zé Roberto Padilha
Ao contrário das últimas Copas do Mundo, não iremos mais fazer nossas pré-temporadas na Europa. Aquela preparação longe do carinho do torcedor, que nunca mais levou sua seleção pelos braços até o Galeão, como fez o Fluminense, como fez o Botafogo.
Pátria amada, Brasil.
Da última convocação, para o Catar, 96% dos convocados jogavam longe daqui, atuaram com treinadores que limitavam, como Guardiola, Ancelotti, toda a criação ilimitada do jogador brasileiro.
Muitos nem falavam mais português.
Tic-tac, dois toques, poucos dribles e foram moldando os Meninos da Vila, os Guerreiros de Xerém, os sobreviventes do Ninho em atletas tão previsíveis como os croatas. E os suecos.
Com a volta do nosso camisa 10, a última genialidade produzida pelos laboratórios do país do futebol, estamos recuperando boa parte do nosso acervo esportivo. Não precisaremos mais dar a bola de ouro da revista Placar para um 10 equatoriano (Savarino), um uruguaio (Arrascaeta) um francês (Paye) e um colombiano (Arias).
O do Corinthians também não é o Rivelino. É um outro argentino.
A volta do Neymar é mais do que uma festa bonita que aconteceu na Vila Belmiro. É o reencontro do Brasil com seus meninos que valem ouro. E nos elevaram a alcançar a hegemonia do futebol mundial.
A Libertadores foi apenas um aperitivo. Com Neymar, e tudo que retorna à sua volta, a próxima Copa do Mundo será de novo nossa.
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