por Luis Filipe Chateaubriand
Leão; Josimar, Leandro, Edinho e Branco; Alemão, Júnior e Silas; Renato, Careca e Muller.
Timaço, não é mesmo? Podia ter sido a Seleção Brasileira titular na Copa do Mundo de 1986.
Zico, que não tinha condições de jogar o tempo inteiro porque teve o joelho arrebentado por um açougueiro no ano anterior, poderia ser usado no segundo tempo dos jogos.
Mas Telê Santana, o que tinha o mérito de apreciar o futebol bem jogado, mas tinha o demérito da excessiva teimosia, escalou o time errado, assim como fez em 1982.
Em 1986, ao contrário de 1982, convocou Leão, o melhor goleiro do Brasil, disparado! Mas o deixou na reserva. Grande desperdício!
Teimosamente, quis escalar Leandro de lateral direito, quando, sabidamente, este não tinha mais condições físicas de atuar na posição, deveria ser zagueiro central. Este foi um dos principais motivos do craque ter desistido de ir à Copa.
Poderia ter aproveitado a base ofensiva do São Paulo, disparado o melhor time do país de então, botando Silas, Muller e Careca para atuarem juntos, mas preteriu Silas, para escalar Elzo, um volante brucutu, extremamente limitado.
Por fim, sequer levou Renato à Copa, exatamente em uma época em que o gaúcho estava “voando”, em excelente fase. Em compensação, deixou Sócrates – gênio, mas em péssimas condições físicas – se arrastar entre os titulares.
De quebra, o arrasador ataque vascaíno, composto por Mauricinho, Roberto Dinamite e Romário, não teve um mínimo representante na Copa do México.
Ah, Telê: sua obsessão pelo futebol arte era admirável! Mas por que você era tão teimoso?
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