:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::
O que grande parte da imprensa sonhava aconteceu: Fernando Diniz foi demitido. Agora para a comemoração ser completa só falta o Palmeiras, de Felipão, ultrapassar o Santos, de Sampaoli, e vamos continuar nessa robotização do futebol.
Digo e repito, não torço para quem tem medo de vencer. Sigo com Sampaoli, Roger, Rogério Ceni, Tiago Nunes, Cuca e Luxemburgo. Mas acho que perder gols como o Fluminense perdeu e pênaltis como ocorreu com o Vasco em parte é culpa do treinador, sim, afinal aprimorar fundamentos é responsabilidade deles. Tudo bem que hoje ninguém mais fica depois da hora, por conta própria, treinando batidas de faltas e pênaltis. Isso é coisa dos velhinhos do passado, Kkkk!
O próprio comentarista da tevê disse que no futebol atual não há mais espaço para o romantismo de Fernando Diniz. E se o VAR tivesse apontado os dois pênaltis a favor do Flu? E se o jogador do Santos não tivesse sido expulso no início do jogo? E se? E se?
Adoro uma canção de Francis Hime chamada “E se?”, que diz “e se o oceano incendiar, e se cair neve no verão, e se o urubu cocorocar e se o Botafogo for campeão…”. Se não ganha jogo, PC!!! Mas é bom os treinadores ficarem ligados porque dois estrangeiros lideram o campeonato.
E seria bom o Jesus, do Flamengo, baixar a crista de alguns jogadores do Flamengo, que ficam com caras e bocas para os adversários, como se fossem Messis. É bom lembrar que Gerson e Gabigol, por exemplo, não arrumaram nada na Europa. Tirar onda com esse futebolzinho daqui é fácil!
O jornalismo esportivo está bem parelho com o futebol atual. Hoje um time jogar bonito é visto como romantismo. Quer dizer que nosso futebol permanecerá nesse nível? Que devo achar legal a convocação do Fágner? Por falar em convocação, Tite premiou a indisciplina ao chamar Neymar. Não sei que privilégio ele tem, mesmo sem nunca ter conquistado algo relevante com a amarelinha!
Será que só eu não vinha acompanhando as espetaculares apresentações do goleiro Ivan, da Ponte Preta? Interior de São Paulo quem deve conhecer muito bem é Juninho Paulista, recém chegado à CBF.
Já disse aqui algumas vezes que muitas ligas europeias, acho que a inglesa é uma delas, só contrata jogadores após passagem pela seleção. Será que não é esse o caso desse goleiro e de todos os convocados anteriormente? Será que isso não é uma troca de favores entre a CBF e os tantos empresários que hoje mandam e desmandam na confederação? Por que a imprensa não mergulha nesse tema? Qual o empresário com mais jogadores na seleção? Qual a relação deles com os dirigentes? Será que vamos continuar aceitando esse balcão de negócios de bico calado?
Alguém acredita que a CBF queira apenas promover uma experiência com esses jogadores mais jovens? Se é isso por que não fazem um trabalho sério com as seleções de base? Posso ser romântico mas não sou imbecil!
Esquece, deixa eu ouvir “E se” porque é bem mais saudável viver em meu mundo imaginário.
0 comentários