:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::
Há tempos venho falando de minha admiração pelo trabalho de Fernando Diniz, Jorge Sampaoli e Roger. Também gosto de alguns times formados por Cuca, mas ele corre o risco de cair na mesmice generalizada em que se transformou o futebol brasileiro. Agora, o mais espantoso dessa minha preferência é o fato desses três treinadores estarem tentando resgatar o nosso estilo envolvente de tocar a bola. Eles não estão inventando a roda, mas bombeiam o peito do futebol para que ele não morra de vez.
Na verdade, esse trio está em busca de nossa essência. Seus ensinamentos deveriam ser aplicados na base. Precisamos de mais “Dinizes”, “Sampaolis” e “Rogers” “degengessando” a meninada.
Quem viu o último Fla x Flu percebeu a diferença nítida entre um time bem treinado e o outro sem qualquer graça. E Cruzeiro x Corinthians, uma espécie de concurso para saber quem é o “professor” mais retranqueiro, Fábio Carille ou Mano. Que tédio!
Bom ver que o Vasco já tem outra postura com Vanderlei Luxemburgo, por quem torço muito. Mas ele terá que fazer um intensivão com a garotada, caprichar nos fundamentos, porque eles ainda pecam na troca de passes e finalizações. Meu Botafogo continuo achando sem novidade alguma, igual a Palmeiras e todos esses times covardes que entram em campo para não perder.
O problema desses três técnicos é que nenhum deles faz questão de bajular jornalistas, são anti-marketing. O Sampaoli é até mais falante, mas sofre por ser estrangeiro, assim como sofreu Osório e sofrerá Jesus, do Flamengo. Mas acho bom que venham outros treinadores de fora para abaixar a bola dos nossos que se acham o último biscoito do pacote, mas não conseguem se renovar.
É necessário mudar a mentalidade. Todos sabem o quanto eu odeio a escola gaúcha e torço para que ela desapareça do mapa. Digo a escola, seu pensamento, não os gaúchos. Roger é cria de Porto Alegre e se especializou em montar times leves, bons de se ver jogar. Se hoje o Grêmio tem um estilo de jogo muito deve-se ao seu trabalho. O mesmo com Fernando Diniz, no Audax, e Sampaoli na seleção chilena.
Vou mais longe. Esse tipo de treinador não faz bem apenas ao conjunto dos times, mas influencia diretamente na carreira do jogador. Quem sair do Fluminense para outro clube levará esse aprendizado junto, carregará um pouco da magia, da ginga, do improviso, do toque de bola, da velocidade de raciocínio, ingredientes necessários para transformar o futebol em uma grande atração.
E o que o jogador treinado pelos Carilles, Felipões e Manos da vida aprenderão? A correr, desarmar, dar carrinhos, chutões e vibrar com a vitória de 1×0, gol de pênalti.
Mas, PC, a seleção do Tite enfiou sete na Costa Rica! Kkkkkkk, me engana que eu gosto, se a Costa Rica jogar contra o Fla Master, de Adílio e Júlio Cesar Uri Geller, vai perder de 20 e no final ainda vai agradecer pela aula de futebol.
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