por Marcos Eduardo Neves
Hoje não é aniversário de Renato Gaúcho. Incrível como nem quem trabalha diretamente com isso tem o costume de ler. Assim como boa parte da mídia, cresci acreditando que hoje era o dia do aniversário do ex-craque e hoje técnico de futebol Renato Portaluppi.
Não é. Por meio da falecida Dona Maria, mãe do próprio, soube que em 9 de setembro de 1962 o mais bem sucedido dos Portaluppi foi registrado em cartório, porém, nasceu meses antes. Portanto, bola fora da mídia – principalmente a gaúcha.
Um pouco de leitura não faz mal a ninguém. Compartilho aqui trecho do meu livro “Anjo ou demônio – A polêmica trajetória de Renato Gaúcho” no que diz respeito às circunstâncias do nascimento do meu primeiro biografado:
“Fazia frio em Marco da Pedra, distrito de Guaporé. A tarde coberta de nuvens anunciava a chegada de mais um Portaluppi. Como em dias chuvosos as múltiplas goteiras se manifestavam, inundando o casebre, dona Maria, 38 anos, ao sentir os primeiros sinais, preparou-se para dar a luz ao décimo terceiro rebento na casa dos vizinhos, seu Genuíno e dona Ivete. Foram dois dias e duas noites de sofrimento. Até que por volta das 17h de 22 de janeiro nasceu Renato. Mais um homem a juntar-se a Deoclido, Jaime, Adão, Mauro e Ardiles (Flávio fecharia o time masculino). As mulheres chamam-se Jane, Venulda, Íris, Salete, Inelve e Lurdes.
Ao sair do ventre materno, o pequerrucho pesava cinco quilos e duzentos gramas. Bebê robusto, forte como toda família. E lindo, segundo a “mamma”. Tanto que seria apelidado Rosa. Quando Flávio completou seu primeiro aniversário, Renato já com três, mudaram-se todos, em definitivo. Atravessaram 65 quilômetros para fazer a vida na promissora Bento Gonçalves(…)”
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