por Marcelo Mendez
Sabe qual é? Douglas é o meu herói e foda-se o resto!
E tô pouco me fodendo se ele enche a cara, se sai com a mulherada, se quebra na noite, foda-se! Vomito em cima de moralistas hipócritas e não tenho nada a ver com a porra da vida de ninguém, não sou fiscal da cama de ninguém, trabalho muito e não tenho tempo pra futricagem. Nada disso me interessa!
Douglas é meu herói para muito além do tanto que ele joga de bola. É meu herói porque em tempos chatos, carolas, bicudos, cheio de “pofexô” burro e retranqueiro, ele é a resistência. É a insistência de que o futebol pode ser jogado com arte, com malandragem, com inteligência.
É no atalho que a mesmice cria, que Douglas deita e rola. É no vacilo do óbvio ululante que Douglas brilha.
Na final, contra o Atlético-MG, mesmo cercado por três marcadores, conseguiu dar um passe magistral de calcanhar deixando o companheiro Éverton na cara do gol, mas o chute parou nas mãos do goleiro Victor!
É um cara que entra em campo para dar meia dúzia de tapa na bola e acelerar seu time como um bólido de duas mil Ferraris em fúria. É um cara que se diverte jogando bola com a 10 nas costas como tem que ser.
Agora quero só desabafar pela arte, saudá-lo e agradecê-lo porque é muito bom vê-lo jogar bola.
Obrigado, Douglas. Você joga por todos nós.
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