por Pedro Chiaverini, do Jornal dos Sports
Sim, Roberto Dinamite é meu. Ou, pelo menos, o Dinamite é. Afinal, esse apelido foi dado pelo Jornal dos Sports na edição de 26 de novembro de 1971, pelos gigantes Eliomario Valente e Aparício Pires com a histórica manchete “Garôto-Dinamite explodiu” após o primeiro gol dele pelos profissionais, contra o Internacional.
Porém, na verdade, a alcunha surgiu quase uma semana antes, exatamente na publicação do dia 20 daquele mês. Ainda atuando pelos juniores, no treino da véspera, realizado – pasmem! – na Gávea, Roberto anotou dois gols, o que chamou atenção de todos que presenciaram a atividade. Além disso, esbanjou “agressividade ofensiva” e “chutes potentes”, o que lhe rendeu o famoso apelido.
Querido por todos, o camisa 10 tinha entre seus melhores amigos ninguém menos que Zico, ídolo maior do rival Flamengo.
Inclusive, fez o Galinho vestir a camisa cruzmaltina, em amistoso no Maracanã.
De tão especial como atleta e exemplar fora de campo, Roberto tinha poucos inimigos, sendo os principais adquiridos após virar presidente do clube do coração.
Infelizmente, são dois anos sem a simpatia e o sorriso fácil do ídolo que o Cor de Rosa, de alguma forma, ajudou a forjar.
Brincadeiras à parte, não é do Jornal dos Sports.
É do mundo.
Do Brasil.
Do Rio de Janeiro.
Do Vasco da Gama.
De todos.
Obrigado, Roberto.
Texto publicado originalmente: https://jornaldossports.com.br/dois-anos-sem-o-meu-roberto-dinamite/
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