por Paulo-Roberto Andel
O futebol para, as seleções cumprem seus calendários. O Brasil tinha duas partidas pela frente. Foi mal. Empate na Arena Pantanal, derrota no Centenário. Para a Venezuela, raras vezes perdeu pontos na história. Do Uruguai, não sofria dois gols de diferenças há décadas. Por fim, Neymar se machucou – depois do empate em casa, já tinha levado uma pipocada na cabeça e xingado deuziomundo.
Apesar dos resultados ruins e da queda na tabela de classificação, não há o menor motivo para sustos. No atual modelo, todas as grandes seleções sul-americanas irão à Copa. Mesmo que se arraste sem empolgar, a Seleção Brasileira não corre risco na eliminatória.
Talvez o maior problema seja para os torcedores brasileiros que ainda sonham com o futebol que, um dia, encantou o mundo por sua beleza plástica, por seu encanto de dribles e passes que derrubavam adversários e levaram a Seleção Canarinho a atuações e vitórias memoráveis. Diante do pragmatismo, parece que o velho sonho do futebol brasileiro simplesmente desapareceu.
Não vem de agora. Foi um longo processo. Para jogar o chamado futebol de competição, o Brasil deu de ombros à sua própria essência. Aposentou o talento e deu vez ao mofado futebol força. Passamos a fabricar brucutus em vez de craques e, há muitos anos, nosso único fora de série esteve longe de ser decisivo. De certa forma, as sucessivas desclassificações em Copas desde 2006 demonstram que nosso principal capital – a arte – se esvaiu. Mesmo quando o Brasil fez boas campanhas, não brilhou tecnicamente.
Não se trata de alarmismo, mas simples constatação. O melhor futebol do mundo já não tem jogadores a granel, que podem decidir a qualquer momento. Às vezes um drible, noutras um passe, mas são exceções e não regras.
Até quando esperar?
@pauloandel
Nosso maior mal está na cabeça dos formadores de jogador, na cabeça dos técnicos de futebol, q cismaram q temos q aprender e jogar o estilo europeu, abandonando o nosso futebol, engessando os meninos e como tu disse criado robôs. Até mudar a mentalidade, passaremos décadas sem ganhar nada. Sai um técnico q convocou 22 e não ganhou nada, entra outro e convoca os mesmos 22, pra que? Será q eles pensam iguais em tudo? Ou não são eles q convocam e sim empresários ? Resta saber onde tá o erro!!
Temos que reformular a paixão do que é jogar pelo Brasil. Ataque de mascarados sem raça, sem comprometimento com a pátria de chuteiras. Um casemiro e marquinhos sem condições técnicas ideais. E tem o seguinte. Jogadores sabem que Diniz não será o técnico na Copa, prá que se esforçar para jogar a la diniz, se na copa não será esse esquema tatico com Ancelotti. Ou Diniz reformula tudo, ou será marcado pela pior campanga da seleção nas eliminatórias
Concordo ! E com Diniz ou sem Diniz,nada vai melhorar. O problema é técnico e não tático. Vamos esperar a geração de 2090 pra ver….
Exatamente isso! Não poderia ser mais cirúrgico em sua análise. E o Brasileiro segue assim, apenas com o saudade do nosso futebol arte.