por Zé Roberto Padilha
Em nosso livro “Futebol: a dor de uma paixão”, cuja quarta edição a Universidade de Vassouras pretende lançar, escrevemos a respeito dos Cartolas.
Aquele cidadão anônimo, que tem poder, grana influência, mas seus feitos não alcançam os jornais. Talvez um dia, em letras garrafais, a seção do Obituário. E um dia descobrem que sendo sócio de um clube de futebol podem alcançar suas páginas esportivas, que não são poucas.
Daí se enturmam na sauna, doam prendas para o Bingo, pagam o cloro da piscina e logo colocam seu nome em uma chapa. E viram presidente sem saber nada de futebol.
Até Marcos Braz chegam a ser.
A solução? Entregar a direção do futebol a um ex-atleta com história de liderança, disciplina e equilíbrio para lidar com o vestiário. Depois que Mário Bittencourt se cercou de ex-atletas como Deley, a quem escuta bastante, o Fluminense parou de errar.
Não troca treinador, nem se desfaz de um elenco vitorioso. Não vende o André, nem traz de volta o Thiago Silva.
Nosso livro é de 1986. Tem um tempinho, mas nunca é tarde para se ouvir, seguir os conselhos, de quem colocou sua chuteira na dividida e seu pulmão para defender o seu clube do coração.
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