por Marcelo Mendez
Quando eu chorei na arquibancada do Parque Antartica em 1985 depois do Palmeiras perder para o XV de Jaú, Leila Pereira não estava lá. Na noite que saí despedaçado do Morumbi depois daquele 2×1 pra Inter de Limeira em 1986, Leila Pereira não estava lá. No silêncio da volta de Bragança em 1989, Leila Pereira não estava lá. Quando eu ouvi o barulho daquela bola na trave do Aguirreregaray contra a Ferroviária em 1990, Leila Pereira não estava lá. Quando o Evair meteu aquela bola pra dentro dia 12 de junho de 1993 foi meu Pai a quem eu abracei no Morumbi e não a Leila Pereira.
Sou Palmeirense de um tempo que não havia Leila Pereira na vida do Palmeiras, mas hoje eu a reconheço.
Senhora Leila eu tenho profundo respeito pelo que a Senhora fez e pelo que senhora sente pelo Palmeiras. Mas lamento profundamente que isso não seja recíproco.
Lamento que a Senhora não tenha respeito pelo que eu e tantos Palmeirenses viveram antes da Senhora chegar e que seguirão vivendo depois da Senhora partir. A minha História com o Palmeiras faz parte da minha trajetória e jamais ela será maior que a Sociedade Esportiva Palmeiras, assim como a Senhora não é, nem ninguém será. A Senhora é uma empresária muito bem sucedida, sabemos disso. Mas entenda, Senhora Leila Pereira, que a Senhora pode comprar aviões, palácios, camarotes e o que mais lhe convir, mas jamais vai conseguir comprar o que eu chorei, o que eu vivi.
Lágrima não tem preço, paixão não tem cotação na bolsa. Amor é o que a gente não mensura, tampouco explica. E quem torce pelo Palmeiras construiu isso tudo.
Queira seu contracheque ou não.
Tb acho que esses ricaços confundem as coisas. Parece o Celso Barros da Unimed no meu amado Fluzão. Eternamente grato qdo nos abraçpu na 3 divisão e nos deu 3 campeonatos Brasileiros. Mas depois quis ser dono do clube. Aí a bela história se desfez. S tc