por André Felipe de Lima
— André, meu amigo, entregue ao seu pai este cartão com o meu autógrafo. Ele ficará muito feliz, acredito.
— Coronel, poxa, nem sei como agradecer a você. Meu pai o considerava muito como ídolo na adolescência dele. Vendo-o jogar, marcando Garrincha, sendo campeão pelo nosso Vasco… poxa, Coronel, que alegria. Você nos fez muito feliz. Obrigado.
Não entreguei até hoje ao meu pai o cartão autografado por Coronel, o maior e melhor lateral-esquerdo que o Vasco já teve em todos os tempos. Sofro muito nesta quarta-feira por isso e, sobretudo, pela partida do sr. Antônio Evanil da Silva, com quem estive recentemente, em Porto Real, no Sul Fluminense, entrevistando-o com a equipe do Museu da Pelada.
Coronel se foi, mas deixou conosco um amor incondicional por ele e pela camisa que vestia. Nas duas entrevistas que realizei com ele, Coronel falava do Vasco com uma emoção indescritível e os olhos marejados, igualmente como estou neste momento, escrevendo este texto já sentindo uma saudade enorme e incontida dele.
— O Vasco foi tudo para mim.
Assim disse Coronel em vários momentos dasentrevistas e, certamente, em toda a sua jornada na terra. O Vasco e o Coronel; o Coronel e o Vasco. O vínculo do amor.
Vá em paz, meu amigo. Olhe por nós daí do céu, nosso ídolo. Viva o Coronel! Viva o nosso Vasco!
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