por Victor Kingma
O futebol, o esporte mais praticado no mundo, é formado por jogadas espetaculares, fruto da habilidade e criatividade dos jogadores que as executam. Muitas delas acabam sendo batizadas pelos torcedores com nomes criativos e singulares, baseado em situações do cotidiano que se assemelham ao lance executado.
O drible, então, onde o verdadeiro craque demonstra toda sua arte com a bola nos pés, é a jogada que mais recebe adjetivos. Como exemplos podem ser citados o “elástico” criado por Rivellino e a “pedalada”, eternizada por Robinho. Um outro drible, dos mais inusitados e conhecidos no vocabulário da bola, é o famoso “drible da vaca”.
Mas como surgiu essa jogada sensacional, na qual o jogador joga a bola por um lado do marcador e pega do outro?
Quando Charles Miller trouxe o futebol para o Brasil, em 1894, esse esporte era praticado basicamente nas cidades. Entretanto, logo se tornou uma paixão nacional e campos improvisados foram surgindo nos mais distantes lugares.
No meio rural muitos desses campos eram construídos ou improvisados à beira dos pastos ou currais das fazendas. Por isso era comum durante os jogos o campo ser invadido por vacas furiosas, estimuladas pelas camisas multicoloridas dos jogadores.
Os atletas mais habilidosos (ou corajosos) para não perder a bola e também para se livrar das vacas que vinham em sua direção, jogavam a bola por um lado e a pegavam do outro. E era uma festa para quem assistia.
A “jogada”, então, foi se popularizando e acabou chegando aos jogos oficiais. Assim, quando o jogador se livra do marcador utilizando esse mesmo artifício está aplicando, na linguagem do futebol, o inusitado e divertido “drible da vaca”.
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