por Kaike Trento
Salve, salve, amantes do futebol. O meu nome é Kaike Trento e aqui estou para fazer minha estreia nos “gramados virtuais” do Museu da Pelada.
A Copa do Mundo de 2022 está rolando e como muitos sabem, sou um apaixonado pelo esporte bretão. O meu intuito com meu primeiro texto para o Museu da Pelada é dividir com vocês como surgiu a minha paixão por este esporte maravilhoso chamado futebol e pelo maior espetáculo da Terra, a Copa do Mundo.
Vamos lá!
O início de tudo
Nascido em 1988, me lembro vagamente da Copa de 1994, mas tenho bem viva a memória daquela final. Estávamos na casa do primo do meu pai, a festa estava armada: churrasco, cerveja e família reunida para o grande dia.
Eu não vi a última cobrança de pênalti, nem o meu pai, que sempre foi um apaixonado pelo esporte e estava muito nervoso. Então, saímos para não ver a cobrança e assim que atravessamos o portão, vieram os gritos de dentro da casa. Ali tivemos a certeza que o tetra estava ganho, ele me deu um abraço e disse ‘Ganhamos filho, o Brasil é tetra’.
A primeira decepção
Como minha última copa tinha sido de grandes alegrias, eu achava que a seleção brasileira era imbatível, estava crente que o título em 1998 seria certo. Dessa vez sem meu pai em casa, a festa da final, foi armada na casa de uma conhecida da família do meu tio materno (outro apaixonado pela seleção).
Lembro de sentar ao lado do meu tio para acompanhar a grande final e ali, tive a minha primeira decepção com a Canarinho. Não sabíamos se Ronaldo Fenômeno iria jogar, estávamos todos aflitos, até o momento que a seleção entrou em campo e lá estava o nosso camisa 9.
A sensação de alívio tomou conta, mas Zidane tratou logo de colocar água no chopp de todos. Eu via o brilho nos olhos do meu tio sumir a cada gol que o camisa 10 da França anotou, o tempo passava e cada vez mais, o penta ia ficando distante. Meu tio olhava fixamente para TV, não acreditando no que via. Fim de jogo França 3 x 0 e o sonho do penta adiando.
A redenção e a descoberta profissional
Já em 2002, com 14 anos e uma noção bem maior de futebol, foi ali que a chave virou. A Copa de 2002 foi a copa da minha vida. Eu acordava de madrugada para acompanhar os jogos do Brasil e de outras seleções. Foi naquela época, vendo aquela cobertura sensacional, com Galvão Bueno e Fátima Bernardes, que tive a certeza do que queria fazer na minha vida. Eu me apaixonei pela Copa do Mundo e pelo jornalismo.
A seleção de 2002 foi desacreditada para o torneio e ninguém confiava no título, mas para um pré-adolescente, que acabara de descobrir uma paixão (a maior de sua vida até então), pouca coisa importava além da empolgação com o possível penta, que havia escapado quatro anos antes.
E o penta veio! Era a redenção do Fenômeno. Ronaldo, com o corte de cabelo do Cascão, acabou com os alemães e nos trouxe o tão sonhado penta.
Mais uma decepção e a outra descoberta
Em 2006, já certo da paixão pelo futebol, comecei a ver a Copa com outros olhos. Eu deixei a emoção de lado e passei a ser um pouco mais crítico.
Foi exatamente nesse ano que minha paixão pela seleção balançou. Eu lembro de minha mãe me perguntando: “Filho, você acha que levamos a copa esse ano? ”. Eu a respondi com toda a certeza do mundo: ”Claro mãe, não vai ter para ninguém, o quadrado mágico é imparável”, me referindo ao badalado quarteto brasileiro, que contava com Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano.
Eu estava empolgado, mas aí vieram os franceses e Zidane, novamente ele, acabou com a alegria do país. Eu só pensava, “Meu Deus, como pode essa seleção ter perdido”. Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano eram fantásticos, mas Zizou fez o trabalho mais uma vez e com o gol de Henry, fomos eliminados nas quartas de finais.
A eliminação foi um fato inédito, já que acompanhava a seleção desde 1994 e aquela foi a primeira vez que vi o Brasil fora da final. Naquele momento, percebi que infelizmente nós não éramos imbatíveis.
E agora em 2022, aquele sonho de menino está mais vivo que nunca. O amor pela nossa seleção canarinho aflorou de novo, e vamos em busca do hexa.
Pra cima deles, Brasil!
Um abraço e até a próxima, galera!
Belíssimo texto! Está de parabéns
O Brasil tem o dever de dar alegria a esse jornalista
Me fez voltar às minhas lembranças com a família assistindo e vibrando nos jogos do Brasil! Que demais. Belíssimo texto
Demais!!
Boa Meu Irmão , e hoje aproveitamos a copa na maxima juntos
Parabéns pelo texto!!!Pra cima ser hexa e vc um grande jornalista!
Texto de se emocionar.
Excelente texto, me fez relembrar “minhas copas” parabéns!