por Eliezer Cunha
Tivemos na última quarta feira a realização de um dos maiores clássicos do futebol brasileiro Flamengo x Vasco. O chamado “clássico dos milhões”, classificação que infelizmente não se consolidou na ocorrência desta partida, já que por parte da torcida do Vasco não houve a adesão esperada dos torcedores. Bom, perderam uma boa oportunidade de assistir o time da Cruz de Malta jogar de igual para igual com o melhor time do campeonato.
Rivalidades à parte dentro do campo durante ou após os jogos são fatos normais e vão se estender enquanto houver disputas entre equipes. O que não dá pra entender são situações inoportunas geradas por personagens que deveriam estar em outro lugar que não fosse dentro do contexto do jogo, me refiro a diretores, gerentes e/ou os amigos do rei. Possuir crachá ou ser indicado já é o suficiente para ficar presente no banco com direito de até entrar no gramado. Em geral, essa prática é utilizada por todos os clubes e ocorrem em praticamente todos os jogos, proporcionalmente, obviamente ao poderio do clube no contexto esportivo nacional.
No caso específico do jogo da última quarta feira, ao final da partida, no calor do resultado, um “gerente” se adentra em campo para tomar satisfação com um jogador do time adversário e chega a agredi-lo. Esta recepção “calorosa” e dispensável veio por parte de um integrante da gestão do Vasco. Ora, o que deveria ser comemorado pelo time por conquistar um belo resultado, foi manchado por uma atitude imatura e inconsequente.
O Club de Regatas Vasco da Gama já carrega por anos o estigma do coronelismo esportivo praticado no passado por grandes e importantes dirigentes como Eurico Miranda e Calçada, mas o que precisamos entender é que os tempos mudaram e os rumos do esporte também. Quando uma atitude desta natureza ocorre traz em si consequências que vão de desentendimentos no gramado do jogo até uma desavença em uma roda de amigos em um bar da esquina.
O espetáculo e o seu resultado deve ser respeitado. A preocupação com as interferências extra campo devem ser medidas e monitoradas e a prática “Cara Crachá” banida dos esportes de uma vez por todas pelo bem e evolução de nossos esportes.
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