por Wesley Machado
Encontro no corredor do serviço com o amigo vascaíno Márcio.
– O Vasco não vai cair – afirmo.
Márcio retruca.
– Calma, é o Vasco.
Márcio tem razão.
Muita calma nessa hora.
Ainda faltam 23 rodadas.
E a roda do futebol gira rápido.
Como uma roda gigante.
Um dia se está por cima.
Outro dia se está por baixo.
Como a vida.
E o vascaíno tem razão em conter a euforia.
Os últimos anos têm sido de muito sofrimento.
Mais do que o meu Botafogo.
A recepcionista Luciana, que ouviu minha conversa em voz alta com o Márcio, me pergunta.
– Você é vascaíno?
– Não, sou botafoguense – eu respondo.
Mas gosto muito do Vasco.
Admiro sua torcida, sua história.
Sábado, meu cunhado vascaíno Felipe sentou-se ao meu lado na sala da minha casa para assistir comigo ao clássico da amizade.
Deu no que deu.
Empate.
Mas o Vasco é o time da virada e sua padroeira é Nossa Senhora das Vitórias.
E de vitória em vitória, com os gols do Pirata Vegetti, o Cruzmaltimo vai enxergando a saída dessa maré de azar.
Porque lá para baixo nem pensar.
Avante Gigante da Colina!
Saudações de um alvinegro amigo que torce por vocês!
Coisa rara!!
Como seria bom que as rivalidades ficassem em campo, que os torcedores de um time respeitassem a história do outro, reconhecessem sua marca. O Vasco simboliza os imigrantes, os que resistem, nao desistem apesar das perdas.
Parabéns, Wesley, sua minicrônica nos lembra que a paixão por um time nao implica ódio pelo outro.