por Péris Ribeiro
O planejamento irracional dos dias de hoje – que, cinicamente, insistem em chamar por aí de calendário -, praticamente matou o tradicional (e tão necessário) intercâmbio entre a Europa e a América do Sul. Assim, deixaram de existir os festejados torneios de verão da Espanha, e também o charmoso Torneio de Paris. Competições que tanto fizeram a alegria e o encanto dos amantes do futebol-arte nas décadas de 1950, 60 e 70.
Aliás, esses torneios eram as mais cobiçadas vitrines da época. Era neles que os maiores craques do planeta se exibiam. E era neles, também, que se apresentavam as mais gratas revelações europeias e sul-americanas.
Para quem não sabe, não custa lembrar que foi nos “Ramon de Carranza” e “Tereza Herrera” da vida que despontaram campeões como o Flamengo de Zico, o Real Madrid de Di Stéfano e o Benfica de Eusébio. E foi no Torneio de Paris que o Santos de Pelé, bicampeão em 1960/61, começou a encantar o mundo.
Ah, quanta saudade daqueles anos dourados… Ainda mais que, naqueles tempos de glórias, o futebol brindava a velha Europa com esquadrões quase invencíveis. E, em cada um deles, havia sempre o brilho de craques que se tornariam imortais.
Extraordinário Resgate
Péris um dos melhores escritor da literatura esportiva mundial
Ilustre Campista