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BALANÇO DE 2022

15 / novembro / 2022

:::::::: por Paulo Cézar Caju :::::::

Chegou ao fim a temporada do futebol brasileiro e, como já era de se esperar, foi mais um ano de muita decepção. O próprio Flamengo, que levantou a Copa do Brasil e a Taça Libertadores, jogou a toalha e perdeu os últimos dois jogos do Brasileirão para o Coritiba e o rebaixado Avaí, respectivamente. Independentemente de ser com o time reserva ou não, não existe entrar em campo para perder, ainda mais diante de mais de 60 mil torcedores no Maracanã, que foram acompanhar as despedidas do Diego Ribas e do Diego Alves. Um verdadeiro banho de água fria!

Em 2023 teremos de volta à Série A Vasco, Cruzeiro, Grêmio e Bahia, mas confesso que estou bastante preocupado com o futuro desses clubes. Embora a Primeira Divisão não seja lá aquelas coisas, a Série B é um campeonato que é quase 100% vontade. Caso esses clubes não tragam reforços, correm grande risco de passar sufoco ano que vem. E o meu maior medo é que eles se acostumem com esse “sobe e desce”. Precisam abrir o olho antes que seja tarde!

Não preciso nem dizer o quanto eu vibrei com a vaga do Fortaleza na Libertadores, né? Acompanho esse clube há mais de 10 anos, adoro a Copa do Nordeste e já mencionei algumas vezes aqui na coluna a importância de enxergar um trabalho a longo prazo. Mesmo com uma campanha desastrosa no primeiro turno, a diretoria do Fortaleza foi muito feliz em manter Juan Pablo Vojvoda no comando do clube e o resultado está aí. Não tem mistério! Garanto a vocês que 99% dos outros clubes mandariam o treinador embora e contrariam o primeiro que estivesse livre no mercado!

Morei muitos anos em Santa Catarina e não consigo entender como Avaí e Figueirense não conseguem permanecer na Série A. Dois times com estádio próprio, bons centros de treinamento, mas os resultados não aparecem em campo.

Ainda sobre o Campeonato Brasileiro, gostaria de exaltar o ano do Germán Cano. O atacante argentino balançou a rede por 44 vezes em toda a temporada e anotou 26 gols no Campeonato Brasileiro, superando Neymar (2012) e Gabigol (2019). Por sua capacidade de se colocar dentro da área e, sobretudo, finalizar, Cano me lembra muito outros gringos que fizeram história por aqui: Artime, Fischer, Doval, Sanfilippo, entre outros. Gostaria de entender por qual motivo os argentinos nunca cogitaram a sua convocação para a seleção!

Não poderia deixar de finalizar a coluna sem expressar a minha indignação com a CBF e a FIFA por não terem convidado nenhum tricampeão do mundo (58, 62 e 70), embaixadores oficiais da federação brasileira, para viajar ao Catar! Inadmissível!

Pérolas da semana:

“Com uma compactação de ideias que define o DNA e a identidade do treinador, o time joga por dentro, espetando os alas agudos para potencializar e espalhar os pontos de sustentação da equipe”.

“Para superar as entrelinhas de quatro ou de cinco, o time faz transições dinâmicas que desconectam do contexto e espalha combustível pelo bloco alto ou baixo do adversário”.

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11 Comentários

  1. João Rodrigues Chagas Neto

    Quando vejo que o PC postou algo, primeiro eu curto e depois leio; certeza de matéria verdadeira.
    Parabéns.

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    • Marcus

      KAKAKAKA as pérolas… que ridículo, quem escreve ou fala essas merdas? Meodeos…

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    • Antonio Jose

      Enquanto imprensa e técnivos considerarem que temos que jogar como os europeus, com uma tática rígida e jogafores fortes, altos e obedientes, não ganharemos nada.
      O meu botafogo com esse portuga burro não chega a lugar nenhum.

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    • Aldenilton

      Valeu Pc vc e foda nos comentários

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  2. Roberto Vreuls

    Para OS hermanos, jogador atuando no Brasil passa a ser considerado uma espécie de pária…

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  3. Edson Couto

    O estilo boleiro do nosso futebol acabou com a imitação do treinamento europeu, dois toques, 2 x1, silhuetas, perdemos o drible, o swing literalmente, com isso adeus copa, com isso eles são melhores, está no DNA , cintura dura, pesadões, então passes rápidos e objetivos, ah! que falta; Rivelino Gerson, Ganso …DUDU fora, ficará livre da decepção…

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    • Roosevelt Oliveira

      “espetando os alas agudos para potencializar e espalhar os pontos de sustentação da equipe”. Tem que fazer um “fio-terra” nos alas, rsrsrsrs

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  4. Edson Couto

    Sou a favor da nacionalização da convocação, temos campeonatos durissimos, país continental, climas diversos, então onde craques nativos dão seus sangue e na hora da premiação, os de fora que são chamados, garantia de vitória??? vide 7 X 1…

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  5. Tadeu cunha

    Muito bom esse texto caro PC CAJU, QUANDO O CLUBE NAO VAI BEM DEVERIAM TROCAR PRIMEIRO O PRESIDENTE OU JESTOR AMADOR E POR ULTIMO TROCAR O TECNICO. .

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  6. Ricardo C. Forghieri

    Jogou muita bola , entende do assunto e sabe analisar e se expressar objetivamente como poucos .

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  7. João Antônio Duarte Siqueira

    Caro amigo, Paulo Cesar!
    Continuo assistindo futebol de teimoso, paixão é paixão, não adianta, mas os coveiros do jogo continuam fazendo de tudo pra enterrar de vez o bom futebol. e é cartola, comentarista, treinador, esses do computador, das estatísticas, das pranchetas, os que tão transformando o futebol em outra coisa, muito parecido com Rugby, bem disse o ex craque do Vasco, esqueci nome dele, fez matéria junto com pintinho, tem que dar outro nome pq não é mais futebol. o que dão dando de carrinho, carrinho é arma de lesão e destruição, pq ninguém fica com a bola, que também sofre.

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