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ASSIM PARECE SER

10 / fevereiro / 2017

por Marcos Vinicius Cabral


Numa época em que a qualidade técnica de um jogador era mais importante do que a parte física (isso começou a ganhar novos conceitos e ter contornos sutis com a derrocada da seleção brasileira na Copa da Espanha, em 82), alguns jogadores emergiram e cravaram seus nomes na galeria dos imortais.

Independentemente da posição, fosse goleiro ou ponta—esquerda (espécie hoje em extinção nos gramados), havia ali, um número considerável de jogadores que tiveram uma carreira vitoriosa e muito antes disso, foram campeões na vida.

Sem maquiagem ou roteiro com final feliz, ele foi à luta e superou algumas intempéries que nem o destino, conseguiu fazê -lo desistir.

Peremptoriamente, o destino não foi seu marcador mais implacável!

Assim foi Júlio César Uri Geller, que vendia sonhos (assim como todo garoto de sua idade), nos sinais de trânsito da vida e os transformou em realidade, nos gramados dos estádios do Brasil, principalmente no Maracanã, onde fazia diabruras com os indefesos marcadores.

De tanto se virar nas ruas, se virava como podia para treinar com os meninos da escolinha do Flamengo, nas décadas de 60 e 70, após inúmeras escapulidas dos imponentes muros do clube.

Diante de tal história e com uma perseverança incomum, digna de grandes vencedores, conquistou a torcida rubro—negra e dois jornalistas em especial: Ari Lopes (tricolor mas amante do futebol bem jogado) e Marcos Vinicius Cabral  (torcedor do ‘Mais Querido’ e saudosista por si só).

A receita fora prescrita, assinada pela obra do destino e sem saídas para livrar—se da marcação dos dois, o camisa 11 foi marcado de forma limpa, na bola e sem pontapés.

Não havia como fugir da gente! (risos)

Portanto, dessa vez, um dos maiores pontas do futebol brasileiro, que entortava facilmente seus pobres marcadores (assim como o mágico homônimo que entortava talheres), Júlio César Uri Geller vai virar livro.

Uma história de vida sofrida e que se assemelha ao seu eterno parceiro Adílio, com quem mantém laços de uma amizade que começou lá atrás, quando se enfrentaram nas ruas das comunidades onde foram criados para saber quem era o melhor, até envergarem juntos a camisa vermelha e preta, com as iniciais C.R.F mal costuradas no peito.

Com isso, quero aproveitar o ensejo e lhe agradecer por nos confiar tamanha responsabilidade.

Esperamos que sua vida, que será escrita através dessa biografia, seja tão bacana o quanto você é.

E eu, particularmente, me sinto honrado de fazer parte da biografia do Leandro e agora, fazer parte da sua biografia.

Que confronto bacana seria entre vocês, o Leandro te entortando e você, ora o entortando; ora sacudindo o ‘peixe—frito’ pra lá, e ora sendo sacudido pra cá…

Brincadeiras à parte, em primeiro lugar, quero agradecer a Deus por essa oportunidade única e também, lhe agradecer, por ser esse ser humano nota 11.

Abraços, abraços e abraços, Júlio César Uri Geller!

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